Dona Carochinha, quem diria, nasceu na Rússia, mas é brasileiríssima

Você se sente brasileira?” Tatiana Belinky já respondeu inúmeras vezes a essa pergunta. Nascida na Rússia, em 1919, e “transplantada” para o Brasil ainda menina, até hoje se espanta com a dúvida de alguns entrevistadores: “Não me sinto brasileira, sou brasileira, ou melhor, sou brasileiríssima, só que com vários sotaques”.

Nascer em São Petersburgo não foi impedimento para que Tatiana Belinky se tornasse uma das maiores escritoras infanto-juvenis do Brasil. Até ajudou. “O humor russo e o judaico, misturados ao brasileiro, deram um bom caldo”, diz ela, que não suporta sisudez e considera o bom humor quesito indispensável na hora de escrever para crianças e jovens. “E nas demais horas também”, vai logo avisando. “A vida sem isso fica muito chata.”
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Aprender português não foi uma tarefa tão difícil para quem já sabia ler e escrever aos 4 anos e chegou aqui aos 10, dominando o russo, o alemão e o letão. Isso porque sua família ainda morou em Riga, na Letônia, antes de vir para cá em definitivo, e naquele país esses idiomas eram correntes. As placas de sinalização traziam os nomes das ruas nas três línguas, o que ajudou bastante no aprendizado da garota esperta: “Os alfabetos eram bem diferentes, mas eu conseguia ler tudo”. Já o hebraico aprendeu por aqui mesmo, espiando por cima do ombro do irmão mais velho, quando o rapaz se preparava para o seu bar mitzvah. Além das línguas citadas, ela domina o inglês, o francês, o espanhol e o italiano.

Apesar da facilidade de assimilar novos idiomas, o que, em parte, atribui à herança genética do pai poliglota – “meus irmãos e meus filhos também herdaram isso” -, os primeiros anos da menina Tati no bairro paulistano de Santa Cecília foram uma espécie de batismo de fogo lingüístico. Os meninos da vizinhança não perdoavam seu português arrevesado e ela logo virou motivo de caçoada.

Em seu livro recém-publicado, Um Caldeirão de Poemas 2, Tatiana recorda essa hostilidade no poema intitulado “Probleminha”. Com muito bom humor – ela também não gosta de quem se leva a sério demais – conta, na terceira pessoa, sua dificuldade em distinguir os sons abertos dos fechados:

Ovelha ela lia ovélha
Groselha ela lia grosêlha
Caneca ela lia canêca
Ama-seca ela lia ama-séca

Às vésperas de fazer 90 anos, Tatiana ocupa seu lugar no pódio de nossas maiores Carochinhas, ao lado de Ruth Rocha, Lygia Bojunga, Edy Lima, Ângela Lago e Ana Maria Machado. Com naturalidade e excessiva modéstia, diz: “Sou apenas uma diletante profissional…”. Mas, modéstia à parte, gostou de saber que há quem a compare com Dona Carochinha, a folclórica contadora de histórias da literatura infantil: “Gosto da idéia. Temos muito em comum, pois, como ela, sou uma inventadeira de casos”.

Deixa bem claro, contudo, suas diferenças com a personagem retratada por Monteiro Lobato, que pintou Dona Carochinha como uma baratinha enfezada, autoritária e mal-humorada, que bate de frente com a ousadia libertária de Emília e chega a ganhar umas caneladas da boneca. Aí seria demais para Tatiana, já que Emília, uma espécie de estrela-guia que norteou sua vida pessoal e profissional, foi e sempre será sua heroína predileta – a escritora, que é contra qualquer tipo de subserviência, se recusa a usar a palavra ídolo, que em sua opinião pressupõe a idéia de adoração cega.

Até se mudar para o Brasil, a menina Tati sonhava ser bruxa quando crescesse. Não daquelas narigudas com verruga na ponta do nariz, mas uma bruxa bonita, com todos os poderes das feiticeiras tradicionais. O sonho mudou quando ganhou Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, sua primeira leitura em português: daí em diante, quis ser Emília. A própria boneca se define como sendo a “Independência ou morte!”, bandeira que Tatiana jamais abandonou. “Para mim, Emília é a grande figura feminina da literatura brasileira, mais importante do que Capitu.”

A “diletante profissional” há anos perdeu a conta dos livros publicados, um luxo a que poucos escritores podem se dar. Supõe que seja mais de uma centena, mas explica: “Muitas vezes, um simples poema ou uma história curta que escrevo ou traduzo são transformados em livro; assim, até eu…”. A produção fecunda impressiona porque livros, mesmo, começou a publicar somente em 1985.

Sua estréia na literatura infanto-juvenil, como não poderia deixar de ser em se tratando de Tatiana, fugiu aos padrões habituais: lançou quatro livros de uma só vez, entre eles Operação do Tio Onofre e Dez Sacizinhos, títulos que jamais saíram de catálogo. Até hoje,quando é entrevistada, Tatiana costuma dizer que “seu primeiro livro foram quatro”.

Ela também nunca sabe ao certo quantos livros estão no prelo. Isso porque vive outra situação atípica mesmo entre escritores consagrados: não vai em busca de editores, eles é que vão até ela. “Estão sempre me procurando em busca de novidade, e, se tenho alguma, o primeiro que chegar leva.” Como trabalha com vários editores e sua produção é fecunda, ela esquece quem está com o que e só descobre quando recebe o livro impresso.

O mais inacreditável, em tempos de alta tecnologia, é que toda essa demanda ela cumpre escrevendo à mão. Há anos abandonou a antiga máquina de escrever e não usa o computador, embora admita que seja “uma ferramenta revolucionária da qual tirarei muito proveito em minhas próximas encarnações”. Acha que usar caneta ou lápis é mais visceral. “Tem uma comunicação direta assim: cabeça, coração, braço, mão, lápis, papel.” Com seu ar sapeca, pisca o olho e confessa que a artrite também contribuiu. Na hora de digitar, confundia as teclas, os escritos saíam “meio erráticos” e isso a irritava: “Dava socos na mesa e aí doía mais”. Conta que escreve depressa e tão legível que os editores costumam aceitar o manuscrito. Quando não, pede ao filho Ricardo ou à nora “anjo da guarda” Fathia que digitem o original para ela.

Também à mão faz poesia, escreve histórias, crônicas, memórias e traduz Puchkin, Shakespeare, Lewis Carroll ou Hoffmann para crianças, sempre do original. Para surpresa de muita gente, não é sempre que pensa primeiro nas crianças ao começar um novo texto: “Escrevo o que me dá na veneta”. Uma lembrança, uma anedota, um acontecimento, tudo pode ser ponto de partida para uma boa história.

Sua maior preocupação é com o respeito à inteligência do leitor. Quer ver Tatiana louca da vida é falar em histórias politicamente corretas ou com finais edificantes, escritas com a pretensão de “educar” ou “ensinar”. Para ela, um bom livro, antes de tudo, deve prender a atenção, precisa ter magia, provocar encantamento. “O interessante não é o que, mas o como se conta. Os valores morais e éticos ficam implícitos, permitindo às crianças que ponham suas cabecinhas para funcionar e tirem suas próprias conclusões.” Nada de moral com dedo em riste. As melhores histórias são as que emocionam, não importa que sejam alegres, tristes ou amedrontadoras. Tatiana tem a convicção de que as crianças são fortes e não só suportam como desejam emoções arrebatadoras. Ela fala de si própria para exemplificar: “Em menina, separava na estante os livros de rir, de chorar e de dar medo. Dependendo do que queria vivenciar, ia lá e pegava para ler”.

A literatura esteve sempre tão presente que tudo na vida de Tatiana parece ter um toque de ficção. Seu encontro com o psiquiatra, ensaísta, diretor de teatro e televisão Júlio Gouveia, com quem se casou e teve dois filhos, não fugiu à regra. Conheceram-se durante um banquete, mas o amigo que se dispôs a apresentá-los só conseguiu localizar Júlio quando, depois de procurá-lo por toda a festa, resolveu, como último recurso, levantar a toalha da mesa. Lá estava o jovem estudante de medicina, vários graus etílicos acima do normal, sentado como um iogue e com uma garrafa de champanhe francês na mão. Ao colocar os olhos em Tatiana, perguntou com voz arrastada: “Quer casar comigo?”.

Divertida, a então estudante do Mackenzie aceitou a proposta, não sem antes notar a covinha no queixo e “os olhos lânguidos” do rapaz. Não pensou que fossem se encontrar novamente. No entanto, destino é destino. Semanas depois, cruzaram-se por acaso na rua. Ela estava com uma amiga. Júlio convidou-as para a matinê. Moleca e rainha dos rompantes, Tatiana disse que não era de ir em três ao cinema e sugeriu decidir no cara ou coroa qual das duas o acompanharia. Júlio jogou uma moeda para o alto. A amiga voltou para casa. Tatiana jamais soube a que filme assistiu naquela tarde, mas os pombinhos casaram-se menos de um ano depois.

Ambos eram jovens, gostavam de arte e tinham uma imensa disposição para mergulhar de cabeça nos projetos. A dupla se tornou um êxito e entrou para a história do teatro e da TV. A convite da Secretaria Municipal de Cultura, fundaram o Teatro Escola de São Paulo (Tesp) com o objetivo de levar dramaturgia às platéias mais jovens. Tatiana escrevia as peças e Júlio dirigia. O grupo durou vários anos e encenou dezenas de peças.

Certa noite, o casal conversava distraidamente na sala de visitas quando o telefone tocou. Tatiana foi atender. Do outro lado da linha, uma voz ao mesmo tempo seca e decidida apresentou-se: “Aqui quem fala é Monteiro Lobato”. Sem perder o rebolado, Tatiana disparou: “E aqui é o rei George!”. Mas não era trote, como ela supôs. Tratava-se realmente do escritor, que havia lido um artigo sobre sua obra, escrito por Júlio Gouveia, e queria conhecê-lo pessoalmente. Foi recebido naquela mesma noite. Ao chegar, Lobato apontou para Júlio dizendo: “Na tua idade tinha a tua cara!”. Tatiana reconhece que os dois possuíam alguns traços comuns, sobretudo as sobrancelhas espessas, “com a diferença de que Júlio era muito mais bonito”. A conversa avançou noite adentro, passando por política, petróleo, teatro e, claro, literatura.

Era a segunda vez que Monteiro Lobato entrava na vida de Tatiana, agora, literalmente, pela porta da frente. Ele e sua obra marcariam ainda uma etapa fundamental na carreira da escritora. Em 1952, convidados pela recém-inaugurada TV Tupi, Tatiana e Júlio foram os primeiros a adaptar o Sítio do Picapau Amarelo para a televisão. Os roteiros ficavam a cargo dela, que jamais havia escrito um. A sorte é que já havia lido e relido a obra de Lobato e conhecia as aventuras de cor.

Com dois filhos pequenos, Tatiana preferia trabalhar à noite, depois de colocá-los na cama. Passava a madrugada martelando a Continental portátil e, quando amanhecia, o texto estava pronto para ser enviado aos atores. Os ensaios realizavam-se na véspera do programa ir ao ar porque, naquela época, tudo era ao vivo. O Sítio logo se transformou num sucesso de audiência. Infelizmente, Lobato havia morrido poucos anos antes e não viu seus personagens tornarem-se populares. O programa teve vida longa e hoje faz parte da história da televisão.

“E ainda tem gente que vem perguntar se me sinto brasileira…”, comenta a escritora, revirando os olhos. Não fosse sua contribuição à cultura nacional, ainda assim haveria outra prova de sua brasilidade: a predileção pela banana. Quando chegou ao Brasil, aos 10 anos, a primeira visão do País, ainda debruçada no convés do navio, foi o cais repleto de cachos de banana. Na Rússia, era uma fruta rara, cara e vendida por unidade, que tinha de ser dividida entre ela e os irmãos. Quando viu aquela abundância toda, pensou que tivesse chegado à terra mítica de Cocanha, que conhecia dos livros e onde há eterna fartura de alimentos. “Nem imaginava que era mesmo uma terra opulenta, só que maltratada, injustiçada, roubada por todos os lados.” Até hoje, a banana é sua fruta preferida, e não pode haver presente melhor para ela, seja in natura ou na forma de tortas, compotas e balas. O amigo e ator David José, que interpretou o primeiro Pedrinho da televisão, não vai visitá-la sem antes passar numa quitanda e comprar uma penca bem escolhida.

Apesar da incontestável brasilidade, durante a ditadura militar instalada em 1964 no Brasil, Tatiana teve problemas devido à sua nacionalidade oficial. Ser russa naquela época já era motivo suficiente para atiçar suspeitas de comunismo. Pior ainda no caso dela, que tinha uma casa agitada pelo entra-e-sai de amigos artistas e intelectuais. Além disso, o filho mais novo, André, estava metido no movimento estudantil. Certa noite, a polícia política deu uma batida na casa – o casal não estava – e encontrou um mapa da cidade de São Paulo aberto sobre a mesa da sala e nele um ponto assinalado com um círculo. Levaram imediatamente a “pista” embora, certos de que haviam localizado mais um aparelho subversivo para estourar. “O lugar assinalado era o endereço do restaurante espanhol Dom Curro, para onde Júlio e eu havíamos nos dirigido para jantar, pouco antes da chegada de nossos visitantes.” Além do mapa, os policiais levaram para o Dops, a delegacia política da época, o filho André e alguns livros suspeitos, entre eles O Cubismo, certamente entendido como relativo a Cuba, e O Vermelho e o Negro, de Stendhal, pela referência à cor-símbolo dos soviéticos, gafes que entraram para o folclore político do período.

Hoje a história tem sua graça, mas naqueles anos sombrios não teve nenhuma. Só três dias depois, por meio um telefonema de um oficial do Dops, é que Tatiana soube do paradeiro de André. Corajosa, foi até lá sozinha: “Fiquei com medo que cismassem com o Júlio, caso ele fosse”. Voltou um pouco mais aliviada quando soube que o filho estava na companhia de pessoas como o físico Mário Schenberg e o historiador Caio Graco Júnior, velhos amigos da família.

Atualmente, Tatiana só sai de casa para receber prêmios e homenagens, fazer palestras ou inaugurar bibliotecas batizadas com seu nome. Até as entrevistas para a televisão costumam ser gravadas em sua residência. “Afinal, sou uma velhinha de bengala.” Instalou-se definitivamente em uma confortável poltrona no canto da sala de visitas que chama de “minha sucursal”. Ali, cercada de sua coleção de bruxas, uma mesa de apoio, um banquinho para esticar as pernas, luminárias e porta-trecos recheados de tudo o que precisa no dia-a-dia, de clipes a água-de-colônia, Tatiana escreve, traduz, ouve música, lê os jornais diários, assiste a DVDs, fala ao telefone e recebe visitas, oferecendo, às mais íntimas, uma dose de vinho do Porto, ou melhor, um “Portinho” acompanhado de frutas secas.

Quem a visitou na última década encontrou-a infalivelmente nesse cenário. Se essas mesmas pessoas fossem visitá-la agora, porém, sentiriam falta de um elemento fundamental do quadro, o gato siamês batizado Gato, muito antes de o poeta Ferreira Gullar escrever Um Gato Chamado Gatinho. Ao longo desses anos, o bichano permaneceu aninhado em seu colo enquanto ela trabalhava na lida diária com as palavras. “Às vezes, tínhamos longos diálogos só olhando-nos nos olhos.” Gato morreu no final do ano passado, deixando Tatiana tão abalada que mal conseguia falar no assunto. Chegou a selecionar palavras para compor um réquiem em homenagem ao amigo felino, mas não chegou a finalizar o projeto por falta de ânimo.

Por sorte, a nora anjo da guarda entrou em ação mais uma vez. Poucos meses depois da morte de Gato, trouxe para Tatiana uma gatinha vira-lata que achou abandonada na rua. Hoje, Nina, assim batizada por ser “pequenina demais”, é senhora absoluta do pedaço e, quando não está dormindo no colo da dona, corre pela casa numa velocidade estonteante. “É uma gata superativa, mas eu a entendo.” Claro que entende. Sentada em sua poltrona-escritório, os pés descalços apoiados no banquinho, Tatiana não pára quieta.

Mal acabou a tradução de Primeiro Amor, de Turgueniev, que em breve sairá pela L&PM, começou a de um melancólico poema de Mikhail Lermontov, que ouvia, ainda na Rússia, em forma de canção na voz de sua mãe. E para não perder o bom humor, faz incontáveis limeriques, um tipo de poema de apenas cinco versos e de conteúdo nonsense, que beira uma boa anedota. Essa, aliás, tem sido uma de suas ocupações preferidas e Tatiana se espanta com a própria facilidade de versejadora: “Brotam a todo instante, parece que têm vida”. Um dos últimos, aqui publicado em primeira mão, é uma espécie de epigrama em que ela se auto-satiriza:

Meio surdeta, meio cegueta,
Meio perneta, meio maneta.
Mas resta a esperança
Que dessa andança
Acabe saindo obra completa.

Para quem ainda se espanta com seu jeito gaiato, Tatiana repete o que sempre disse aos filhos: “Nunca sou mais séria do que quando estou brincando”.

Limeriques, poemas sem pé nem cabeça
Ninguém sabe direito como foi que eles surgiram, mas a consagração desse tipo de poema nonsense aconteceu no século XIX, com um britânico gordinho, baixinho e narigudo chamado Edward Lear. O mote era sempre uma situação insólita, que falava de narizes que cresciam incontroláveis ou de galinhas, corujas e outras aves que resolveram fazer seus ninhos na vetusta barba de um homem.

Era escrevendo limeriques e fazendo desenhos igualmente ridículos para ilustrá-los que Lear cutucou e debochou da rigidez vitoriana. Claro que por isso mesmo se tornou a atração das festas tediosas e o alívio das senhoras obrigadas a manter a compostura de damas e o sufoco dos espartilhos. As crianças então faziam dele o seu ídolo e o seguiam por todo canto.

Tatiana foi a primeira a traduzir e fazer limeriques no Brasil. O poeta José Paulo Paes também produziu alguns, mas sem o rigor que o formato exige. Apesar do conteúdo anárquico, os limeriques têm uma estrutura fixa e rígida: são poemas de cinco versos, sendo que os dois primeiros e o quinto são mais longos, com oito sílabas, e terminam com a mesma rima. O terceiro e o quarto versos são mais curtos, com cinco sílabas, e rimam apenas entre si. O resultado é um poema “saltitante”, que dá suporte às idéias malucas que lhe servem de inspiração.

Eis um autêntico Lear traduzido com o toque gaiato de Tatiana:

Um velho barbudo dizia:
– A coisa é tal qual eu queria:
Doze passarinhos
Fizeram seus ninhos
Na barba pra minha alegria.

Não é à toa que a nossa Carochinha maior se identifica tanto com o trabalho do inglês. Ambos têm o mesmo modo de encarar o mundo. Veja o que o Lear declarou certa vez: “A vida é inevitavelmente trágica e fútil, por isso, a única coisa que realmente importa é fazer piadinhas”. Se essas palavras estivessem na boca de Tatiana, ninguém estranharia.

Um outro Freud

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