Donald Trump – o Tiririca americano – diz que será candidato à Presidência dos Estados Unidos. Até aí, tudo bem. Outros palhaços fizeram o mesmo e alguns até obtiveram sucesso. O problema é que a plataforma do atual aspirante consiste apenas em provar que Barack Obama não é cidadão americano. Novamente – pela milionésima vez – volta-se a duvidar da autenticidade da certidão de nascimento do atual presidente.
Digamos que Trump, realmente, prove a velha tese. Obama não é cidadão nascido em território americano. Que raios vão fazer com ele? Entregá-lo para la migra – os agentes de imigração? Faz mais de dois anos que o cara manda no país e, de repente, é deportado. Para onde?
Legal, expulsam um homem diplomado nas melhores escolas americanas, ex-senador, eleito com milhões de votos, e entregam a Presidência para um sujeito formado em corretagem de imóveis.
Como Trump tem topete – e que topete -, deverá mudar o nome da Casa Branca para Trump Palace, como ele chama qualquer puxadinho que constrói. Tem mais Trump Palace em Nova York que McDonalds. Proponho que se faça um casamento de interesses e passem a chamar vários logradouros de McDonalds Trump. No lugar do ruivo Ronald McDonald, que entre o descabelado Donald.
É claro que a candidatura do comediante da imobiliária não é levada a sério. Trump, que em incorporações hoje em dia só entra com o nome, está apenas investindo em seu verdadeiro negócio que é a publicidade em torno da sua marca. Mas a investida serve para animar uma corrida eleitoral que só começou para o presidente Obama. Os oposicionistas ainda não lançaram candidaturas oficiais. E a julgar pelos balões de ensaio de aspirantes, até que o Donald não é dos piores.
Até o prefeito nova-iorquino Mike Bloomberg – aquele Napoleão de circo -, na caluda, está de olho em uma candidatura. Sabem quando o pessoal do Alabama e arredores vai votar em um judeu de Massachusetts, fanho, bilionário e que foi prefeito de Nova York? Somente quando os porcos voarem. Mas o pequenino alcaide também tem direito de sonhar. E, desse modo, vem tentando aumentar suas credenciais independentistas e ecológicas.
Nesse último quesito, por exemplo, ele fez questão de ampliar o verde de Manhattan: pintou o piso da Time Square com essa cor, colocou uns vasões para impedir o tráfego de veículos na área e denominou oficialmente o local como Praça. Fez mais: como proibiu o fumo em parques e praias da cidade, também estendeu o antitabagismo à Time Square. Vai ser ecologista assim no inferno!
Esse anão de jardim está de olhos românticos para cima do ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. Como o velho Exterminador do Futuro não nasceu em território americano e – como trompeteia Trump – não pode ser eleito presidente, Bloomberg o quer para a vice-presidência.
Imaginem se o patola e o pequenino vencem as eleições, mas em um acidente lamentável, alguém acaba pisando na cabeça de Bloomberg, esmagando-o. Aí, o vice-presidente terá de assumir. Donald Trump lançará novamente campanha à Presidência, tendo como plataforma provar que o ocupante da Casa Branca não nasceu em território nacional. Dá-se, assim, prosseguimento ao círculo vicioso da rotina de opereta bufa para a qual nasceram tais personagens.
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