Downey Jr., duro de matar

Downey Jr. preso.
Downey Jr. preso.

Meus caros, a revista mensal da Folha de S. Paulo, Serafina, trouxe uma matéria sobre um dos meus atores preferidos, Robert Downey Jr., o Homem de Ferro do cinema. Downey é fofíssimo, e de ferro mesmo são seu fígado e nervos, que sobreviveram a quase duas décadas de abusos com todas as drogas imagináveis, e mesmo a 14 meses na prisão. Não conheço fênix mais deliciosa em Hollywood. Durante os últimos anos, a mídia escreveu seu obituário várias vezes, condenando-o ao  inferno, mas ele insiste em ressuscitar e,  atuando em bons filmes,  acabar candidato ao Oscar, ao Emmy, ganhar o Globo de Ouro, etc… Eu amo essa capacidade de sobreviver a si mesmo que ele demonstra. Dizendo-se um poço de inseguranças, fez de seu talento uma eficiente tábua de reencarnação. Até mesmo sua foto (ao lado), ao ser preso pela primeira vez, mostra um rosto fofo, cândido, de quem sabe que pode dar a volta por cima.

Ele, abaixo de zero.
Ele, abaixo de zero.

Eu o vi pela primeira vez vivendo exatamente um cara viciado em drogas, que acaba se prostituindo para pagar o traficante, no cult movie Abaixo de Zero, baseado no livro homônimo de Brett Easton Ellis, que também escreveu Psicopata Americano, e outros. Ellis, considerado o Fitzgerald dos anos 1980, descreveu em seus livros a Sodoma e Gomorra em que vivia a juventude rica americana, movida a cocaína, valium e heroína, tudo pago com cartões de crédito platinum. Ser gay ou não era um mero detalhe. Me confesso fascinado pela libertinagem sexual que relatam. Ellis é homossexual, mas bem comportado, casadoDowney não é gay, e vem aí na pele de ninguém menos que Sherlock Holmes, tendo Jude “Delicioso” Law como Dr. Watson, ambos dirigidos pelo ex de Madonna, Guy Richie, uma mistura de homens suculentos que promete muito.

Recentemente, a imprensa mostrou mais um triste capítulo de um Downey brasileiro, o eterno sobrevivente Rafael Ilha, que não tem nem o talento nem o glamour de Downey em Hollywood, mas continua milagrosamente vivo. Ele e Downey provam que, mesmo para drogados que já bateram recordes de recaídas, sempre existe como se reerguer, desde que não morram antes, lógico. Eu, Lourenço, com meu histórico com o álcool, entendo e torço, sempre.

Abraços do Cavalcanti.


Comments

23 respostas para “Downey Jr., duro de matar”

  1. ele e o homem com figado e pulso de ferro!

  2. Oi Lourenço,

    Não entendi a crítica do Fabiano… Primeiro lugar, eu não vi uma comparação de talentos, mas sim de situação. Depois, eu não vejo porque não citar o Rafael Ilha ou qualquer outra pessoa…

    Diferente de quem adora a desgraça alheia, eu fico sempre muito triste quando leio as notícias de pessoas (talentosas ou não) perdendo suas vidas nas drogas.

    O Robert Downey Jr e a Amy Winehouse são maravilhosos, mas eu também fico com o coração na mão por causa da louquinha da Lindsay Lohan, a qual não gosto como cantora nem como atriz. Por que seria diferente do Rafael Ilha?

    Só os talentosos têm direito à compaixão???

    Ainda bem que existem pessoas como você e seus leitores fiéis, que acham que todos merecemos compaixão.

    Beijocas para todos

  3. eu vi o RDJ a primeira vez em um filme igual ao qeu que lançou Jonny Deep, férias muito loucas. engraçado quando lembro dos dois nesses filmes colegiais dos anos 80. nao acredito que chegaram onde chegaram. sou muito fã do RDJ, desde que ele fez Chaplin. o cara é muito bom.

  4. Boa noite, Lou!

    Até o comentário do Paulo Cabelo estava indo tudo muito bem e tal… Logo após, escamba de vez!
    Ai, que povo sem noção, viu! Uai, se não gostou do texto, para quê comentar!!!

    Quase faz um tese de doutorado aqui e no final para que? Para nada…

    Ro, Ba, Rafael, Iasmim e outros tantos que admiro, ainda bem que temos a vocês!!!

    Lou,

    A cada post, melhor!

    Beijão!

    Gus

    1. Gus
      Beijão do Lourenço.

  5. Concordo inteiramente contigo e adorei a maneira como descreve as idas e vindas de RDJ. Ele é sem sombra de dúvida, um sobrevivente. E tem uma inesgotável capacidade de resiliência que entendo ser tão admirável quanto o seu talento. Abraço!

  6. Avatar de Carlos N Mendes
    Carlos N Mendes

    Robert Downey Jr. é um tapa na cara de nós, TODOS NÓS, coveiros de gente viva, carpideiras de caráteres ainda pulsando, que adoramos acabar com talentos antes que eles estejam a sete palmos. Quanta gente boa virou suco antes de cair no liquidificador… Mas também não dou trela a certos tipos de encrenqueiros. Tenho certeza que aquelas brigas dos irmãos Galhagger eram para “fazer mídia”. No Brasil, acontece fenômeno diferente : pessoas desprovidas de algo especial ganham espaço pelas encrencas que criam, caso de recente vencedor de reality show.

  7. Decepção! Vim pro seu blog ler sobre o Downey Jr. e pra minha decepção leio sobre o tal do “Rafael do Polegar” no mesmo texto?

    Se vc mesmo diz que o tal Rafael “não tem o mesmo talento nem o glamour” não há pq compará-los. Downey Brasileiro? Pior ainda. Eu mesmo já tive meus problemas sérios com drogas, assim como milhares de outras pessoas. Seria eu tb um Downey Brasileiro? De jeito nenhum.

    O pior é que esse “Polegar” (ou seria melhor chamá-lo de “mínimo”?) é mais um dos cabeças de vento sem talento que são empurrados guela abaixo do povo ávido por ídolos, que depois de ser posto de volta onde nunca deveria ter saído, começa a se matar até que algum novo urubu perceba que a desgraça do cara serve para atrair o público. É como se fosse mantido vivo em troca de mais uma ou outra aparição que chame a atenção dos leitores.

    Diferente do Downey, que com seu próprio talento consegue se reerguer fazendo coisas novas, esse infeliz nunca faz nada certo, sobrevivendo dos “favores” de quem na verdade vive de sua desgraça.

    Live and let die…

  8. Belo comentário! E os casos de Fênix são muitos, por ora me lembro do tenista Andre Agassi, do músico Ray Charles, do ator Fábio Assunção…
    até

  9. Meu caro, adoro. Isso tudo parece muito sedutor para nós, mortais, o dia-a-dia desse povo deve ser muito difícil. A história está cheia daqueles que não conseguiram. Mas está aí a deliciosa Whitney para dar umas aulas à Amy. E a gente vai se segurando como pode, com a ajuda dos nossos queridos e do trabalho.
    E nem a 2001 tem Psicopata Americano, que eu assisti no cinema. Mas tem Abaixo de Zero. Vamos atrás das dicas do Lourenço e ver no que dá. Beijas.

  10. Meu estilo de ator são: Antony Hopkins, Jack Nicholson e De Niro e alguns outros seguindo o mesmo estilo.

    Imagino que essa batalha constante com o vicio não deva ser nada fácil, graças a Deus meu unico vicio é jogar futebol, vicio saudável ..hehehe..

    Grande abraço e ótima semana a nós

  11. Avatar de Dorita Grinsburg
    Dorita Grinsburg

    Menino, já não é a primeira vez que falas de ti no teu próprio espaço. Admiro. Espero, com todo o coração, que estejas bem, que a praga do álcool não te prejudique, e que estejas sempre conosco, com teu textos magistrais. Sois um luminar em teu “sindicato”.
    Tua fã manda mais um carinhoso abraço,
    Dorita

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