Enfim, o grito entalado na garganta saiu. O Corinthians é campeão da Taça Libertadores da América! Em uma campanha para ninguém botar defeito, o Timão eliminou adversários de peso como o Vasco nas quartas-de-final, o campeão de 2011 Santos de Neymar e, na grande final, o bicho-papão do continente, o Boca Juniors. Título invicto para a alegria da Fiel Torcida, feito que não acontecia desde 1978 quando o mesmo Boca Juniors levantou a taça sem perder um confronto sequer.
O jogo decisivo aconteceu na noite de ontem, dia 4 de julho, no Estádio do Pacaembu lotado. Na partida de ida, em Buenos Aires, Boca e Corinthians haviam empatado em 1 a 1 e chegaram na decisão em São Paulo com tudo indefinido. Os times estavam no mesmo nível, pelo menos na teoria, já que, na prática, o Corinthians tinha uma torcida apaixonada que lotou o Pacaembu e gritou durante os 90 minutos. Quando a bola rolou, como era de se esperar, partida tensa, as duas equipes estavam mais preocupadas em se defender do que em atacar, 0 a 0 no primeiro tempo. No intervalo, parece que Tite usou as palavras certas pois o Timão entrou para a segunda etapa mais solto, saindo para o jogo e com vontade de acabar com a sina da Libertadores. Após uma confusão na área argentina, Danilo desviou a bola, Emerson Sheik, o predestinado, estufou as redes. É gol do Corinthians!
Atrás no placar, o Boca Juniors tentou atacar, mas só o fez de maneira descoordenada e em momento nenhum chegou a assustar o consistente sistema defensivo do Corinthians, grande destaque do time na campanha. Em uma dessas investidas, a bola acabou sobrando no meio de campo limpa para Sheik novamente, o atacante disparou, levou o único zagueiro xeneize na velocidade e, com tapa consciente, incendiou um Pacaembu que em um misto de gritos, emoção e muitas lágrimas. Depois foi só esperar o juiz apitar para o que já era quase certo se confirmar, enfim, após anos perseguindo, o Corinthians é, merecidamente, o grande campeão do continente.
A festa saiu do Pacaembu e tomou as ruas da capital paulista, as buzinas tocaram sem parar a noite inteira e o grito de “é campeão” ecoou igual desde o bairro mais humilde da cidade até o mais refinado. E não foi um grito normal, foi um grito revigorante, como quem tira um peso de 102 anos de idade de suas costas. O time de guerreiros lutou e libertou sua torcida, que agora não deve mais nada para seus maiores rivais. Corinthians grande!
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