Meus caros, mais uma vez a Avenida Paulista é palco para uma agressão brutal, covarde, em que cinco skinheads, grupo que representa a nata da sociedade paulistana, quase mata dois homossexuais, sem nenhuma razão. O caso repete a recente agressão, na qual quatro menores de idade, cujos nomes não serão revelados pois gozam de proteção legal, e também um maior de idade, Jonathan Lauton Domingues, esse belo rapaz, cuja foto faço questão de exibir, agrediram uma única vítima, utilizando-se de lâmpadas de vidro. O crime ficou famoso, benza Deus, pois foi filmado pelas câmeras de segurança do edifício em frente ao qual se deu a ação, cujos seguranças também agiram bravamente salvando a vítima, e depondo na delegacia, contando tudo o que viram. Esse crime tornou-se um sucesso na televisão, pois as imagens são brutais, todos os telejornais as repetem sempre que se fala do assunto. Já surgiram outras vítimas do mesmo grupo de delinquentes, atacadas meses atrás, o que mostra que não foi um fato isolado, mas uma prática constante. O ataque dos skinheads tem outros agressores, mas a mesma dinâmica: vários agressores, agindo covardemente contra dois homossexuais, sem razão alguma. É pura e brutal homofobia, na mesma avenida onde, uma vez ao ano, cerca de 3 milhões de pessoas celebram a diversidade sexual, na maior parada gay do mundo.
Eu já disse aqui que nada como imagens da violência para garantir espaço na mídia, e mobilizar a sociedade contra esse fenômeno. Achei o máximo quando o Fantástico dedicou vários minutos, no horário mais nobre e caro da televisão brasileira, para expor a violência homofóbica. O resultado não demorou, o juizado de menores determinou a internação dos quatro menores na Fundação Casa, e eles já estão recolhidos naquela famosa instituição, com chances de ficarem por lá cerca de 3 a 4 anos. Só o maior de idade, Jonathan Lauton Domingues, permanece em liberdade, em uma afronta a toda a sociedade. A única defesa que temos contra a inércia de nosso poder público é manter o caso, o retrato, e o nome dele, expostos na mídia. No último domingo, mais uma vez, ganhamos espaço no Fantástico, com o relato da vítima do ataque de lâmpadas de vidro. Ele não se diz homossexual, só reconhece que seus amigos eram, mas isso é desimportante, pois a razão da agressão foi a homofobia confessada pelos agressores, e testemunhada pelos seguranças. O que fazer contra esse fenômeno brutal que estamos vivendo? Eu só imagino cobrar providências das autoridades, não deixar que nada disso caia no esquecimento, e não permitir a impunidade – queremos Jonathan Lauton Domingues na cadeia. Queremos justiça, e queremos nossa cidade segura para todos os cidadãos. Não é pedir tanto. Abraços do Cavalcanti.
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