E se o Plínio ganhar as eleições?

A grande novidade da atual campanha eleitoral é um senhor de 80 anos, o promotor público aposentado Plínio de Arruda Sampaio, que começou na democracia cristã, foi fundador do PT e agora é candidato a presidente por um partido da esquerda nanica, o PSOL, que ganhou seus 15 minutos de fama no debate da TV Bandeirantes da semana passada.

Antes do debate, ninguém falava dele, nem levava a sério a sua candidatura lançada só para “marcar posição”. Apontado por muitos analistas como o grande vencedor do primeiro encontro entre os presidenciáveis, agora Plínio não sai mais da televisão e sua candidatura é tratada no noticiário como se fosse para valer, embora continue marcando traço ou dando picos de um nas pesquisas.

Defendendo bandeiras como o calote da dívida, a invasão de terras, a liberação da maconha e do aborto, e a união entre pessoas do mesmo sexo, ele se apresenta como o “candidato do twitter e da juventude”.

Tudo bem, pode até ser apenas uma curiosidade no pitoresco quadro político-partidário brasileiro, mas alguém já se fez a pergunta que realmente interessa, por mais absurda que pareça: e se o Plínio ganhar as eleições?

Vai fazer o quê para governar o país e implantar o seu socialismo radical-chique? Vai fechar o Congresso, colocar as massas do PSOL nas ruas, romper com o mercado e declarar instalada a República Popular do Brasil?

Como é que ele imagina fazer isso, se não tem o apoio sequer da principal e única liderarança nacional do seu partido, a vereadora alagoana Heloisa Helena, que apoiou outro candidato a presidente na convenção do PSOL e em seguida rompeu com Plínio.

Com um minuto e um segundo na propaganda da televisão, sem alianças e sem dinheiro em caixa para fazer campanha, a não ser o dele próprio e o do fundo partidário, será que agora Plínio está acreditando que tem mesmo condições de ganhar as eleições e governar o Brasil?

Com todo o respeito à idade e à biografia política do professor e promotor Plínio, com quem sempre mantive boas relações, será que ele não percebeu ainda que está sendo usado por aqueles que buscam apenas meios de provocar um segundo turno? A quem isso interessa?

Deixo as perguntas para os leitores. Como seria o Brasil de Plínio?


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.