Foto Reprodução
Em análise publicada no editorial desta terça-feira, dia 21, o jornal norte-americano The Washington Post afirma que o Equador pode sofrer retaliações dos Estados Unidos por conceder asilo político ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Segundo o jornal, o Congresso pode diminuir as vantagens comerciais que o país sul-americano desfruta como isenção de impostos na exportação de determinados produtos.
O jornal afirma ainda que os EUA são mercado para cerca de um terço das exportações do Equador e sustentam 400 mil empregos no país. A quebra desses contratos pode ser “desastroso para a economia do o Equador”, afirma o Washington Post.
Para o jornal, Assange “tem a fantasia de ser vítima de uma conspiração política internacional” e que, com o asilo político, o presidente do Equador, Rafael Correa, “encoraja essas fantasias”.
Esquecendo-se das insinuações ameaçadores à política econômica do país sul-americano feitas no mesmo texto, o editorial afirma ainda que os Estados Unidos não tem interesse em perseguir Assange. “Correa seguramente sabe que os Estados Unidos não acusaram o fundador do WikiLeaks por crime algum nem pediram sua extradição, por que então oferecer asilo?”, diz a publicação.
Entenda o caso
Acusado de crimes sexuais na Suécia, Julian Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres, Reino Unido, desde o dia 19 de junho para evitar sua extradição ao país. Assange, que é fundador do site WikiLeaks – site responsável pelo vazamento de informações sigilosas de diversos governos -, afirma que a denúncia é falsa e faz parte de uma conspiração para prendê-lo pela divulgação dos documentos secretos. No último dia 16, o presidente equatoriano Rafael Correa concedeu asilo político a Assange, mas o reino Unido não permitiu a saída dele do país. Nesta segunda-feira, dia 19, Assange falou pela primeira vez em dois meses sobre o caso e pediu que os Estados Unidos “parem a Caça às bruxas sobre o WikiLeaks”.
Deixe um comentário