Eleições na França podem mudar os rumos Europa

A França vai às urnas neste domingo, dia 7, para escolher um novo presidente, e não é exagero dizer que o pleito é um dos mais importantes da história da Europa nos últimos 20 anos. Disputado em meio a uma das mais graves crise econômicas desde os anos 1920, a disputa entre o atual presidente Nicolas Sarkozy, do União por um Movimento Popular (UMP), e François Hollande, do Partido Socialista, pode mudar os rumos do continente.

Hollande, com 52% das intenções de voto, é o favorito para ocupar o Palácio do Élisée. Sua provável eleição tem sido muito comemorada entre as esquerdas europeias, que temem que os planos de austeridade da Alemanha acabem por estrangular de vez a já sufocada economia da região. Hollande prometeu em sua campanha investir mais para criar empregos e tirar seu país da recessão. Uma recuperação da França, que é, junto dos alemães, a economia mais importante da União Europeia, ajudaria a reaquecer a economia do bloco.

Já o atual presidente Nicolas Sarkozy tem 48% dos votos e pode se tornar o primeiro presidente francês a perder uma reeleição desde Valéry d’Estaing, que foi derrotado em 1981 pelo Socialista François Mitterrand, em meio a crise econômica do petróleo. Tentando reverter este quadro, Sarkozy foi ao ataque no único debate televisivo entre os candidatos, que aconteceu na quinta-feira, dia 3. O candidato da UMP falou abertamente contra os imigrantes, tentando angariar votos entra a ultra-direita, que neste ano conseguiu um dos resultados mais expressivos de sua história no primeiro turno, dando 18,5% dos votos para Marime Le Pen, filha do infame — e abertamente antisemita — Jean-Marie Le Pen, ambos da Frente Nacional.

Um dos fatores que torna a eleição imprevisível é o fato de o voto na França não ser obrigatório. Em 2002, por exemplo, Lionel Jospin, do Partido Socialista, era favorito para disputar o segundo turno contra o então presidente Jacques Chirrac, do partido Reagrupamento pela República. Mas as eleições caíram em um feriado nacional, e com a baixa participação Jean-Marie Le Pen chegou ao segundo turno com 16,8% dos votos (pouco mais dos 16,1% conseguidos por Jospin).

 


Comentários

Uma resposta para “Eleições na França podem mudar os rumos Europa”

  1. na minha opiniao temos que trocar de governo na frança, na alemanha e na inglaterra! temos que mudar as formas de governo e tentar solucionar a crise!

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