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Três eleições vencidas e dez anos na presidência. Para celebrar, o PT reuniu em um grande evento nesta quarta-feira, dia 20, alguns dos principais nomes do governo e da base aliada, e deixou claro que pretende, com a reeleição de Dilma, chegar ao seu quarto mandato consecutivo. O tom foi de celebração e glorificação dos feitos da presidenta e de Lula, principais oradores da festa, mas ouve também espaço para ataques à oposição e à setores da mídia.
Em uma grande sala com pôsteres dos líderes (com ares dos cartazes do realismo socialista), algumas centenas de pessoas, entre políticos, militantes e imprensa (fora os mais de mil que ficaram para fora por falta de espaço), acompanharam a festa em hotel de São Paulo. Todos os oradores, entre eles líderes de PT, PR, PCdoB, PDT, PSB, destacaram os avanços sociais conquistados na última década, além da estabilidade econômica e da visibilidade internacional alcançada pelo Brasil.
Dilma e Haddad foram muito aplaudidos, Gilberto Kassab foi o único vaiado, e Lula foi ovacionado. O ex-presidente ironizou FHC, desafiou a oposição a comparar os governos de PT e PSDB e disse que “eles” (aparentemente, a oposição e parte das elites e da mídia do país) são implacáveis e nunca gostaram de governo de esquerda. “Eu vi ontem em um vídeo com o FHC nervoso, dizendo que o texto lançado pelo PT era coisa de criança, que onde já se viu ficar fazendo comparação. Nós queremos comparar sim. Nós não temos medo de comparação, inclusive no debate sobre corrupção. Digo, de cara limpa, que eu duvido que tenha na história desse país algum governo que tenha criado mais instrumentos para combater a corrupção do que o nosso”, disse Lula. Estavam presentes no evento petistas condenados no julgamento do Mensalão, como José Dirceu e Genoíno.
O ex-presidente afirmou também que com uma oposição fragmentada, a mídia tomou para si o papel de se opor ao governo. “A oposição. Eles estão inquietos, estão sem valores, sem discurso, sem propostas. Porque qualquer coisa que eles pensem em fazer, a gente fez mais e melhor. (…) Eles podem se preparar, porque se eles têm dúvida, nós vamos dar como resposta a reeleição da Dilma em 2014”.
Cansado de falar em números, como afirmou, Lula deixou para Dilma essa parte do discurso. Ela falou sobre a diminuição da miséria, da fome, da falta de luz e educação, e dos avanços econômicos e tecnológicos. “Esse é um governo que não tem medo dos números, porque os números jogam a favor”. A presidenta afirmou também que respeita totalmente a liberdade da imprensa e de opinião, mas criticou a falta de responsabilidade de setores que omitem e manipulam dados e que assustam a população com informações equivocados, como no caso do suposto risco de falta de energia no país.
“Ninguém sabe quando na humanidade nós passamos a usar as décadas como medida do tempo histórico, mas nós brasileiros sabemos qual a melhor década da nossa história recente”, disse Dilma.
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