Uma empresa brasileira que vem fortalecendo sua posição global ao longo dos anos, com instalações industriais nos Estados Unidos, em Portugal e na China. Essa poderia ser uma das definições atuais da Embraer, empresa com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, líder na fabricação de jatos comerciais com até 120 assentos.

Em decorrência dos baixos volumes de produção que a caracteriza, a indústria aeronáutica é, e sempre foi, exportadora por natureza. Uma vez exportados, os produtos precisam ter assistência técnica e peças. Foi com esse intuito que a Embraer abriu, há mais de 30 anos, o primeiro escritório fora do Brasil, nos Estados Unidos, que ganhou novo impulso a partir deste ano, quando a empresa inaugurou a primeira fábrica nos Estados Unidos, no Aeroporto Internacional de Melbourne, Flórida.

O processo de expansão global da Embraer teve início em 1979, uma década apenas após sua inauguração, em agosto de 1969. Naquele ano, foi criada a Embraer Aircraft Company (EAC) com o objetivo de concentrar atividades de vendas na América do Norte e proporcionar apoio técnico aos clientes da região.
Quatro anos depois, em 1983, a companhia estabeleceu em Paris, na França, a Embraer Aviation International (EAI), após a encomenda de aviões Xingu por parte da Armée de l’Air, a força Aérea da França. A EAI tinha como função fornecer apoio técnico, além de atividades de marketing e vendas, à crescente frota da Empresa na Europa, Oriente Médio e África.

A estratégia da globalização
Após sua privatização em 1994, a Embraer promoveu a progressiva internacionalização das operações como um plano estratégico. Essa presença global assegurou novos negócios e o fortalecimento da marca em mercados-chave para a empresa. Além de expandir escritórios de marketing e vendas e implantar centros de distribuição de peças de reposição, a estratégia de internacionalização da Embraer envolve ações, como a constituição de joint ventures e a aquisição de empresas tradicionais especializadas em serviços aeronáuticos.

Dessa forma, a compra de parte da OGMA, em Portugal, em 2004, trouxe grande visibilidade na Europa para a Companhia, oferecendo serviços de manutenção e reparo de aeronaves civis e militares, motores e componentes.

Antes disso, porém, a empresa criou em 2002 a unidade de manutenção Embraer Aircraft Maintenance Services (EAMS), em Nashville, no Tennessee, Estados Unidos, para atender à família EMBRAER 170/190 e ao crescimento da frota de aviões da Empresa na América do Norte.

Rumo ao Oriente
Na virada do milênio, a Embraer mirou o Oriente pela crescente importância econômica da região e o valor estratégico que o transporte aéreo teria como elemento integrador e de desenvolvimento. Assim, a Embraer estabeleceu dois escritórios na Ásia, sendo um na capital da China, Pequim, com foco no mercado local, e outro em Cingapura, para atender à região da Ásia Pacífico.

Com o objetivo de fabricar aviões da família ERJ 145 destinados ao mercado chinês, a Embraer firmou em 2002 um acordo com a Aviation Industry of China II (AVIC II), que levou à criação da joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI). Recentemente, a Embraer assinou um acordo para produzir na fábrica de Harbin os jatos executivos Legacy 600 e Legacy 650.

Atualmente, com mais 17 mil funcionários, dos quais mais de 90% no Brasil, a Embraer responde por 2,06% das exportações brasileiras, o que coloca a empresa na posição de maior exportadora de produtos manufaturados do País, sendo responsável por 8,12% do superávit da balança comercial.

Seja em terras estrangeiras, seja no Brasil, a Embraer leva nas asas de seus produtos o nome Brasil – e de seus talentosos profissionais – cada vez mais longe.


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