Queridos, não costumo postar aos sábados, mas vi o interesse de vocês sobre a notícia trazida por Gustavo, meu fiel mineiro, sobre a concessão de visto a um brasileiro pelos Estados Unidos sob o argumento de que aqui ele era perseguido por ser gay. Não é o novidade, já houve casos no passado. Acho que foi oportuno para o beneficiado, sem dúvida, não sou ninguém para julgar os outros, mas a história me soou como uma eficiente forma de se conseguir estadia legal naquele país, sonho de muitos brasileiros. Homofobia existe lá como cá, tanto que os próprios gays americanos tiveram de lutar 13 anos em seu congresso para aprovar a lei Shepard-Byrd – isso com o apoio da Casa Branca, foi Obama quem sancionou a lei contra a violência homofóbica proposta pelo falecido senador Kennedy. Como mencionou minha querida leitora Iasmim, o fundamentalismo religioso americano não é diferente do nosso, estados como Wyoming, onde se passa o filme Brokeback Mountain, são tão ou mais perigosos quanto várias partes do Brasil. Esses estados americanos são chamados por eles mesmos de Bible Belt, (cinturão da bíblia), e lá homossexuais são linchados, como contou o filme. Atentem para o fato de que até o Estado de Nova York, historicamente democrata e liberal, rejeitou o casamento gay. Lá não é Grã Bretanha!
O brasileiro alegou perseguição, ele teria sido pessoalmente perseguido por ser gay. Será? Todos nós, gays, sofremos igualmente com violência e homofobia, são realidades da sociedade onde vivemos. Talvez – e ressalto que apenas talvez – os instrumentos da polícia e judiciário sejam mais eficazes lá do que cá, em algumas regiões dos EUA de fato são, em outras não. Ele obteve sucesso em seu pedido de emigração legal, boa sorte, mas não acho que a condição de gay no Brasil justifique fugir daqui, assim penso eu aos 43 anos. Prefiro ficar e lutar por nosso espaço e nossos direitos via atos concretos, como este meu querido blog.
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