Emoções e frustrações

Por que não?
Por que não?

Caríssimos, terminei o dia de ontem com duas decepções doídas: o estádio do Morumbi vetado para a Copa de 2014, e a saída de Gorcuff desta Copa. Desclassificar um estádio como aquele me parece incompreensível. A FIFA, que, a cada 4 anos, detêm mais poder que a ONU jamais teve, deve saber lá o que faz (será?). As razões para riscar dos planos um estádio daqueles não foram reveladas, nem sei se algum dia o serão, e confesso que doeu. Entendi perfeitamente a indignação do presidente Lula, com quem não tenho lá concordado com quase nada ultimamente, mas que ontem não se conteve diante das câmeras, em um dos pronunciamentos mais emotivos (e furiosos) de seu governo. Deve ser difícil acumular a condição de homem público com a de ser humano, ele mesmo já se atrapalhou com isso dezenas de vezes. Minha querida e sempre serena Lilibeth, Elizabeth II, avó do Príncipe Harry, há quase 60 anos abandonou sua condição humana para servir à Inglaterra como chefe de Estado, e somente uma vez, quando da morte da Princesa Diana, foi chamada pelos súditos para ser humana novamente. O povo inglês precisava de carinho, ela cedeu e apareceu.  Sempre vale a pena lembrar que a Grã Bretanha é um dos países mais gay-friendly do mundo. Ontem, Lula dividiu sua raiva com paulistas e paulistanos, dividiu a minha comigo, foi uma das raríssimas vezes em que o chamei de companheiro. Resolver não resolveu, mas deu uma leve desopilada no fígado.

Mínimo consolo...
Mínimo consolo…

Fico imaginando o drama dos franceses, já quase fora da Copa pela condução desastrosa de sua seleção por um técnico louco e desqualificado. Não consegui sequer sentir algum sabor de vingança por 1998, quando a mesma FIFA ocultou algo do mundo inteiro a verdade por trás do drama de Ronaldo, e a França nos derrotou em Paris. Não me venham com aquela vergonhosa versão oficial. Brasileiro não é idiota. Os franceses ontem choraram, e eu quase chorei com eles. Futebol é assim, desperta grandes doses de emoção. Chorei muito em 1982 e 1986, e nunca culpei nosso técnico Telê Santana. O que será que vai acontecer agora, com um Dunga mal vestido, e nossa seleção jogando aquele futebol aguado? Teremos lágrimas pela frente? Lenços de papel e Rivotril? Abraços do Cavalcanti.


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