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Ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño revelou nesta quinta-feira, dia 16, que Julian Assange, criador do site WikiLeaks, terá asilo político no país. Em entrevista coletiva realizada na cidade de Quito, Patiño afirmou que o empresário sofre perseguição política e que sofre até mesmo risco de vida. A decisão foi aplaudida pelos chanceleres presentes na coletiva. As informações são do portal Terra.
Acusado de agressão sexual e estupro pela Suécia – que tentava sua extradição – Assange está na embaixada equatoriana em Londres desde o dia 19 de junho. Em entrevista, Assange disse estar sendo perseguido pelos documentos revelados em seu site, e disse temer ser entregue às autoridades dos Estados Unidos.
A preocupação com o país americano também foi revelada por Patiño. Durante a coletiva, o ministro afirmou que havia o temor de que Julian Assange fosse julgado e condenado à morte por um tribunal de exceção do país. Patiño também revelou que o Equador tentou negociar a questão de forma diplomática com os outros países, mas o Reino Unido não deu garantias de que o empresário não seria extraditado a Suécia ou aos Estados Unidos.
O ministro também afirmou que ofereceu estrutura para que as autoridades da Suécia tomassem o depoimento de Assange na embaixada do Equador em Londres, mas a solução não foi aceita pelo país europeu. Patiño também disse que o governo americano não quis dar mais informações sobre o caso do criador do WikiLeaks.
Ricardo Patiño também criticou as autoridades britânicas por não respeitarem a autonomia da embaixada equatoriana em Londres. Ao longo da semana, o governo britânico fez ameaças de que poderia invadir a embaixada para prender Julian Assange.
“Não podemos permitir que o processo de conversas amistosas seja entorpecido e burlado por uma manifestação oficial que agrida o Equador”, disse o ministro. No entanto, em sua coletiva, o chanceler afirmou que acredita que os britânicos respeitarão o asilo político, realizado dentro das normas de direito internacional.
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