Caríssimos, essa semana começa com o lançamento de dois livros falando sobre gays, um deles me interessou, e o outro quase me irritou. Não li nenhum dos dois, só as resenhas e críticas que já pipocaram pela net, e no jornal O Globo do último sábado. O primeiro está sendo lançado pela Matrix Editora, chama-se Por que toda mulher precisa de um gay em sua vida. Já relatei o drama de meus queridos Luki e Pati – não achei nenhum dos dois esse final de semana para comentar o assunto. Minha opinião todos conhecem: quando a relação entre duas pessoas não comporta sexualização, a amizade fica mais fácil. A matéria do Globo cita Preta Gil afirmando que “Como a gente tem certeza que ele não está a fim de transar, dá para ser você mesma”, e já repassei o conselho de minha querida Ida Feldman, para que todas as mulheres tenham seus amigos gays. Eu mesmo tenho várias amigas heterossexuais que me contam coisas superíntimas (acabam ouvindo muita bobagem em troca), mas tenho que ressaltar que minha melhor amiga é mulher sim, mas lésbica, linda, de cabelo raspado.
Não vou ficar repetindo o que já disse antes, mando os links para os posts antigos. Uma coisa, no entanto, é óbvia: é raro ouvir falar nesse assunto sem cair no estereótipo de que gays que são sempre alto astral, fiéis, entendem de moda, etc. Parece até ser proibido que nós gostemos de futebol, não estejamos nem aí para a pele do rosto, e não saibamos se a camisa vai para dentro ou fora da calça. Espero que alguém ainda tenha a sapiência de escrever um livro chamado Gays são gente normal.
O outro livro sobre o qual a bicharada está caindo matando chama-se Cuidado! Seu príncipe pode ser uma cinderela, editora Best Seller. Até pela capa se vê que não é para levar a sério. Falar de príncipe e cinderela já liquida os dois lados do ringue, e os atributos da cinderela são patéticos, como gostar de cuidar do visual e usar tênis Prada. Pelo que li sobre o livro, David Beckham seria demitido lá pela página 40. De uma coisa estejam certos: não tem nenhum capítulo orientando a donzela a ver se o marido é deprimido, se bebe demais, se parece perdido na vida, se está evidentemente infeliz, mesmo porque o inferno da vida dele pode não ser a própria sexualidade, mas sim uma esposa como essa. Se o infeliz estiver preso num casamento-armadilha, não poderá contar com nenhuma ajuda da mulher para se resolver e ser feliz de outra forma. Mantendo a linha do livro, sugiro ao marido que bote cianureto no chá da donzela.
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