Estudar sem Fronteiras

Quando o estudante brasileiro de Engenharia Civil Raphael Gallinari embarcou para a Austrália neste ano, ele ainda não sabia muito bem o que ia encontrar pela frente. “Eu queria ampliar os meus horizontes”, afirma em tom de descontração. Desde julho de 2013, o jovem frequenta duas disciplinas em Engenharia e outras duas em Business na University of South Australia, na cidade de Adelaide. Ali, Raphael já definiu suas expectativas para quando voltar ao Brasil: “As matérias em negócios irão me ajudar a ter um futuro empreendedor no ramo da engenharia, que é o meu objetivo”, conta ele.   

 A data de volta está prevista para o final de junho de 2014. “Assim posso pegar o final da Copa do Mundo”, conta Raphael que irá retornar para o 6º semestre de Engenharia.

Raphael é um dos estudantes brasileiros que está tendo a oportunidade de estudar fora através do Programa Ciência sem Fronteiras, que neste semestre está com inscrições abertas até o dia 29 de novembro para bolsas destinadas à graduação-sanduíche. Ao todo são 20 países que poderão ser destino para o intercâmbio, entre eles Bélgica, Canadá, Holanda, Finlândia, Austrália, Coréia do Sul, Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Suécia, China e Japão. O edital de cada país está no site do programa. 

Requisitos

O Programa Ciências sem Fronteiras tem como objetivo promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. Lançado em 2011, o programa tem como meta conceder 101 mil bolsas até 2014.

Para se inscrever é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter obtido nota igual ou superior a 600 pontos, além de apresentar teste de proficiência no idioma aceito pela instituição de destino e ter cumprido no mínimo 20% e, no máximo, 90% do currículo do curso de graduação.

A bolsa concedida aos candidatos selecionados custeará a permanência do aluno por até doze meses para a realização de estudos em tempo integral. Além disso, os estudantes receberão instalação, seguro-saúde, auxílio-deslocamento para aquisição de passagens aéreas e auxílio-material didático. Na China, a permanência é de até 24 meses, incluindo um estágio linguístico. Parte deste período poderá ser dedicada a estágio profissional ou científico-tecnológico em empresas, instituições de ensino ou centros de pesquisa no país de destino.

Para aumentar as chances na seleção, o universitário Raphael indica seguir corretamente os passos do CNPq e se ater aos prazos. “Mas sem se estressar e deixar de fazer suas atividades normais no Brasil. Lógico que a ansiedade é muito grande, você quer ver o resultado logo, mas na minha opinião quando você faz as coisas com calma, elas com certeza irão dar certo”, aconselha.

 


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