Um estudo feito a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, dois órgãos do Ministério da Educação (MEC), indicou dados alarmantes dentro das escolas do País. A péssima conclusão é que o preconceito está disseminado nas escolas e em todas as esferas: estudantes, pais, professores, diretores e funcionários.
A pesquisa feita em 501 escolas com 18.599 estudantes, pais e mães, além de professores e funcionários da rede pública de todos os 27 estados do Brasil, mostra que 99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito. Pessoas com deficiência mental, negros e pardos são as principais vítimas. Mais de 80% dos entrevistados gostariam de manter algum nível de distanciamento social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. Do total, 96,5% têm preconceito em relação a pessoas com deficiência e 94,2% na questão racial.
“A pesquisa mostra que o preconceito não é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que quase caracterizam a nossa cultura”, disse o responsável pela pesquisa, o economista José Afonso Mazzon, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA), na reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Preocupante a pesquisa e a conclusão do economista. Estamos no século 21, num País diverso cultual e etnicamente como o Brasil e não há espaço para preconceitos, ainda mais na base da formação de caráter de uma pessoa, como é a escola. Mostrar a diversidade brasileira é o primeiro passo para que esse quadro seja modificado.
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