Ex-funcionário demitido mata quatro nos EUA

Mais uma tragédia com armas atinge os Estados Unidos, a sexta em pouco mais de dois meses. A cena, cada vez mais frequente no país, aconteceu agora na cidade de Mineápolis, capital do Estado de Minnesota. Na noite desta quinta-feira, dia 27, um ex-funcionário que havia sido demitido na última quarta-feira invadiu a empresa Accent Signage Systems – voltada para sinalização de pessoas com deficiência – e atirou em nove pessoas. Quatro morreram e três estão em estado grave.  O autor dos disparos foi identificado por testemunhas como Andrew Engeldinger, de 36 anos.

No momento do ataque, 28 pessoas estavam na empresa. Após cometer o ataque, Engeldinger atirou contra a própria cabeça e morreu na hora. A polícia foi chamada por vizinhos que escutaram o barulho dos tiros, e a equipe da SWAT invadiu a empresa uma hora após os disparos. Entre as vítimas fatais está Reuven Rahamim, dono da empresa. John Souter, diretor de operações, e Eric Rivers, gerente de produção, estão internados em estado crítico. Outros dois mortos e dois feridos ainda não foram identificados pela polícia.

Perfil do Assassino
Analisando outros casos ocorridos nesta onda de violência que acomete os Estados Unidos, a criminologista e pesquisadora Ilana Casoy, falou sobre o comportamento criminoso destes assassinos em massa. Segundo ela, o assassino em massa é aquele que mata pessoas em um único evento, geralmente motivado por frustrações pessoais. “O assassino em massa é o que ataca o grupo que ele considera responsável pelos seus fracassos em uma explosão de violência. Em sua maioria são homens, aparentemente estáveis e que veem suas ambições frustradas. E eles geralmente se sentem excluídos”, explica.

O caso ocorrido na noite desta quinta, dia 27, fecha com o desenho apresentado por ela. O homem, um trabalhador frustrado por ter perdido o emprego, voltou ao local de trabalho e matou aqueles que julgou culpados pela sua perda. O desfecho do crime também segue esse comportamento criminoso padrão. “Depois dos assassinatos, muitos se matam, outros provocam sua morte enfrentando a polícia e alguns tentam a fuga”, disse Ilana.

Conheça os outros cinco casos
A onda de ataques começou no dia 20 de julho, quando o estudante de medicina James Holmes matou 12 pessoas e feriu outras 58 em um cinema na cidade de Aurora, no Estado do Colorado. Depois de ter o julgamento acompanhado massivamente pela mídia e sua imagem correr pelo mundo, Holmes está preso acusado de 142 crimes.

No dia 5 de agosto, o ex-militar Wade Michael Page atirou em fiéis durante um culto dentro de templo da religião Sikh em Milwaukee, no Estado de Wisconsin, matando seis pessoas e ferindo outras 30. O criminoso cometeu suicídio com um tiro na cabeça. No dia 13 de agosto, um homem abriu fogo na universidade Texas A&M na cidade de College Station, no Texas. Ele matou duas pessoas, deixou três feridas e foi morto pela polícia.

Na sexta-feira, dia 24 de agosto, um homem atirou em transeuntes em frente ao famoso edifício Empire State Building, coração de Nova York, Estados Unidos, matando 1 pessoa que era seu ex-colega de trabalho.  No confronto com a polícia, o atirador foi morto e nove pessoas ficaram feridas. Uma semana depois, na sexta, dia 31, um ex-fuzileiro naval de 23 anos invadiu o supermercado onde trabalhava e matou dois ex-colegas antes de tirar sua própria vida, em Old Bridge, Nova Jersey.

Leia Mais
Criminalista: “Assassinos em massa querem ser reconhecidos”
América armada: o que Obama e Romney farão para conter os ataques de atiradores?


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.