Ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda foi condenado nesta segunda-feira, dia 20, por improbidade administrativa. A sentença foi dada pelo juiz Alexandre Vidigal de Oliveira, da 20ª Vara Federal, que considerou Arruda culpado por ter quebrado o sigilo da votação secreta que cassou o mandato do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF) há 11 anos, violando o painel do Senado. As informações são do Estadão.
Em sua defesa, Arruda negou ter orientado Regina Célia Borges, ex-diretora do Serviço de Processamento de Dados do Senado (Prodasen), a violar o painel eletrônico que guiou a votação. O ex-governador afirmou ter aconselhado Regina a conferir a segurança do dispositivo eletrônico, falando em nome do então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães.
A manipulação se tornou um dos mais noticiados escândalos de 2001, e Arruda, então líder do governo FHC no Senado, negou ter acesso à lista da votação. Pouco depois, o ex-governador confessou ter recebido o material e renunciou ao mandato antes do processo de cassação que poderia torná-lo inelegível.
Segundo o magistrado, o ex-governador do DF “teve participação expressiva nas ações de articulação dos envolvidos e de acesso e conhecimento das informações sigilosas obtidas”. Como pena, José Roberto Arruda teve seus direitos políticos suspenso por 5 anos e terá que pagar 100 salários de senador. O ex-governador também foi proibido de manter contatos com o poder público ou de receber benefícios governamentais.
Advogado de Arruda, Cláudio Fruet afirmou que irá recorrer da decisão. Segundo Fruet, Arruda não tinha poder para ordenar que o painel fosse violado. “Respeitamos a decisão do juiz, mas entendemos de forma diferente”, disse o advogado, em declaração veiculada pelo jornal O Estado De S. Paulo.
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