Exército sírio intensifica bombardeios em Damasco

Tropas do exército sírio bombardearam regiões da cidade de Damasco com helicópteros neste domingo, dia 22, informam testemunhas. Os ataques acontecem uma semana após os rebeldes iniciarem a chamada “batalha final”. As informações são do portal Terra.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 19 pessoas foram mortas neste domingo. Ao longo dos 16 meses da revolta que assola o país, mais de 19 mil pessoas morreram.

De acordo com o portal brasileiro, os rebeldes que se opõe ao governo do presidente Bashar al-Assad estão ao redor da sede do principal órgão de inteligência do país, localizado em Aleppo, maior cidade da Síria e principal polo comercial e industrial sírio.

A cidade de Deir al-Zor, maior do leste, também é ocupada pelos rebeldes. Os opositores também informaram que dominaram a terceira fronteira com a Turquia nesse domingo. Bab al-Salam fica ao norte de Aleppo.

Enquanto os rebeldes avançam em certas regiões, o exército sírio intensifica os ataques na cidade de Damasco, capital do país. De acordo com moradores, os rebeldes foram expulsos de Mezze, bairro diplomático da cidade.

Tropas de elite da chamada “Quarta Divisão” cercam o bairro de Barzeh, ao norte da cidade, uma das três áreas atingidas por ataques de helicóptero. A divisão é comandada por Maher al-Assad, irmão mais novo do presidente e parte da família que comanda o país há quatro décadas.

Com a morte do ministro de inteligência e de militares do alto escalão de al-Assad nesta quarta-feira,  dia 18, o papel de Maher al-Assad se tornou ainda mais importante para que o presidente tente controlar a situação que ocorre no país.

Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, 1.261 pessoas foram mortas na Síria desde domingo passado. Deste número, 299 seriam membros do exército de al-Assad. Esta é a semana mais violenta desde o início da revolta na Síria.

Neste sábado, dia 21, 180 pessoas morreram no país, sendo 48 soldados. De acordo com testemunhas e moradores, a maior parte do comércio de Damasco segue fechado e há pouca circulação na cidade.