Os recentes ataques israelenses sobre a Faixa de Gaza forçou fazendeiros e pastores a deixarem suas terras e paralizou atividades de pesca, o que afetou gravemente a produção de alimentos e os meios de subsistência.
A afirmação foi feita na quinta-feira (14) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO. De acordo com a agência, após o fim das hostilidades, a recuperação do setor agrícola vai exigir importante assistência externa a longo prazo.
A FAO afirma que os ataques israelenses causaram dano “substancial” aos 17 mil hectares de áreas de cultivo em Gaza, assim como a grande parte da infraestrutura de agricultura, incluindo estufas, sistemas de irrigação, fazendas de animais e barcos de pesca. Gaza perdeu metade de sua população de aves de criação.
As estimativas de perdas do setor de pesca são de 234,6 toneladas no período entre 9 de julho e 10 de agosto, o equivalente a 9,3 porcento do que os pescadores locais obtém em um ano.
A Faixa de Gaza importa a maior parte dos alimentos que consome. No entanto, a comida produzida localmente representa fonte importante de alimentos nutritivos e acessíveis.
Economia
Segundo a FAO, os preços de alimentos em Gaza flutuaram “consideravelmente” em comparação a antes das hostilidades começarem. Os ovos aumentaram 40 porcento, as batatas, 42 porcento e o tomate registou uma alta de 179 porcento.
A agência afirma ainda que virtualmente toda a população de Gaza, em torno de 1,8 milhão de pessoas, depende de ajuda alimentar. O PMA e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, fornecem ajuda a 1,1 milhão de pessoas.
Além disso, cerca de 700 mil pessoas dependem da distribuição de comida realizada pelas duas agências da ONU e pelo Ministério de Assuntos Sociais palestino.
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