Em meio a negociações do acordo de paz com o governo da Colômbia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que não vão prorrogar o cessar-fogo de dois meses determinado em novembro. Com isso, os guerrilheiros poderão voltar a realizar ataques a partir do próximo dia 20.
O anúncio foi feito pelo líder e negociador-chefe da guerrilha, Iván Márquez, em entrevista coletiva em Havana, Cuba, onde ocorre o diálogo com a administração do presidente Juan Manuel Santos.
De acordo com ele, enquanto o governo colombiano não aceitar assinatura de um cessar-fogo bilateral, as Farc continuarão com suas ações armadas. “Apenas a assinatura de um cessar-fogo bilateral seria possível, se o governo considerar viável tal medida”.
Há dois meses, o presidente Juan Manoel Santos recusou-se a assinar o cessar-fogo bilateral e decidiu manter as ações militares sobre os guerrilheiros para forçar as Farc a aceitarem o acordo de paz. Neste período, pelo menos 34 rebeldes morreram.
O governo, no entanto, acusa as Farc de realizar ataques a tropas e pontos de interesse do governo na área de infraestrutura. Segundo as Farc, essas ações foram realizadas por grupos dissidentes dentro da guerrilha.
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