O artista uruguaio Fernando Velázquez, radicado no Brasil há 15 anos e já “brasiguaio”, como disse, lançou ontem, terça-feira, dia 17, um livro sobre sua obra com textos de Bronac Ferran, David Barro e Marcus Bastos. O evento, que aconteceu na Galeria Zipper, no Jardim Paulista, centro de São Paulo, contou ainda com a performance audiovisual Acidente, de Velázquez e do espanhol Francisco La Petina, que fala sobre a relação cultural do Uruguai com o sul do Brasil e o norte da Argentina. A Brasileiros esteve presente e falou com o artista.
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Brasileiros: Por que o nome da performance é Acidente?
Fernando Velázquez A performance trata a fronteira do Uruguai como da geografia ampla, da geopolítica. Se você for pensar toda aquela região do continente tem uma unidade cultural. O imaginário dos pampas, do chimarrão, do churrasco. É algo que permeia a cultura do gaúcho, aí também no sentido amplo da palavra.
É história do Uruguai como um “Estado Tampão?”
FV É. Nós não somos ensinados assim no Uruguai, mas a realidade é mais ou menos essa. O Uruguai é um Estado que surge no meio de dois impérios, da Espanha e de Portugal, e depois de Brasil e de Argentina. Mas não é só isso. Havia um desejo muito forte de sermos uma nação.
Sobre o livro, como funcionou o processo de seleção das obras?
FV Eu sou um artista muito disperso, que que trabalha com muitos meios. Fotografia, pintura, audiovisual. Por isso foi muito difícil selecionar o que entraria, e como fazer um livro que fizesse sentido, entende? Que tivesse uma linha narrativa por meio das obras. A ideia era ter um “desapego”, olhar minhas obras de fora, e organizá-las. Acho que isso eu consegui fazer.
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