O filme 12 Anos de Escravidão, de Steve McQueen, conquistou o Globo de Ouro de melhor filme de drama e foi indicado ao Oscar em nove categorias: filme, ator (Ejiofor), ator coadjuvante (Fassbender), atriz coadjuvante (Nyong’o), diretor, roteiro adaptado, figurino, entre outros. Baseado em uma história real escrita por Solomon Northup – o livro original sai no Brasil pela Editora Seoman –, conta a história de um homem negro nascido livre e que se torna um talentoso violonista. Sua vida segue promissora até ele ser enganado, drogado e seqüestrado, para ser vendido como escravo. Ao longo de doze anos, ele passa por três donos. É bem tratado pelo primeiro, que se vê obrigado a vendê-lo por causa de dívidas. Depois, vive os horrores da escravidão americana como nenhum outro filme de Hollywood jamais mostrou.
Mas não é esse aspecto que faz do filme do diretor Steven McQuenn um dos mais fortes candidatos ao prêmio de melhor filme. A força aparece no equilíbrio da história, no modo irretocável de apresentar o personagem. Northup não é um daqueles heróis folhetinescos que lideram uma revolução ou uma revolta. Egoísta, quer apenas provar que tem o direito de ser livre e se submete a qualquer coisa para esperar uma oportunidade de fugir. Embora no meio dos demais negros, não se integra a eles, como se vê no momento em que repreende uma escrava que chora por seus filhos terem sido arrancados dela. Quase no fim da história, porém, ele passa por um processo de humanização e, de modo sutil, dá a entender a luta é bem maior que a carta de alforria que espera um dia ser trazida por amigos brancos. Vale prestar atenção para a breve aparição de Brad Pitt, fundamental para a trama. Assista ao trailer.
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