Meus caros, acabou a farra. Será que alguém aí está em pé? Fígado reclamando? Chá de boldo, bem amargo e aos litros. Bolha no pé? Band-aid. O carnaval acabou e o ano agora começou. Os relatos que me chegaram do Brasil inteiro dão conta de um super -carnaval, como há muitos anos não se via. Dois baianos fizeram questão de me escrever para dizer que em Salvador a cena gay está mais ampla e liberada do que nunca, alguns dos trios elétricos até chamam as bibas e dão proteção. Eles pleiteiam o título de melhor carnaval gay do Brasil, e vão lutar por isso. Quem ganha? Todos nós, sem dúvida. Carnaval em Salvador é um desfile infinito de trios elétricos, que garantem quase 18 horas de música ininterrupta, maravilhoso para quem compra a fantasia e pode pular dentro do cordão de segurança, imagino que seja ali que os gays podem aproveitar. Quem fica de fora, na chamada pipoca, sofre com a multidão, mas muita gente gosta. Vários amigos que estavam em Florianópolis estão dizendo que vão voltar todos os anos, que o circuito Praia Mole-Festas noturnas é inigualável. Peter Rauhofer, um dos melhores djs de música eletrônica do mundo, arrasou na The Week de lá, eleita a casa mais bonita do Brasil, cuja festa de segunda para terça durou mais de 12 horas seguidas.
E o Rio de Janeiro, quem diria, honrou São Sebastião, resgatou o carnaval de rua, com blocos e mais blocos tomando a zona sul da cidade – o trânsito parou, para desespero dos mal humorados. O calor judiou, há muitos anos o Rio não via nada igual, ontem chegou a 42º, sensação térmica batendo os 50º! Haja água de coco e cerveja. A brincadeira ficou por conta da perseguição aos mijões, que podiam ir presos se flagrados pela polícia – vários foram, e merecem, pois mijar na rua é o ó. Quando viam um virado para o muro e de pinto para fora, vaiavam ou gritavam: “É pequeno! É pequeno!”. Adorei, cariocas são o máximo. Relatos de São Paulo eu terei mais tarde, depois conto mais. Beijos do Cavalcanti e bom ano a todos.
Deixe um comentário