Franceses vão testar antiviral japonês contra vírus ebola

Tenda de atendimento de doentes de ebola em Guiné-Conacri. Foto: IFRC
Tenda de atendimento de doentes de ebola em Guiné-Conacri. Foto: IFRC

O Instituto francês de Saúde e Investigação Médica (Inserm) vai testar o antiviral japonês Favipiravir (Avigan), um dos tratamentos experimentais contra o vírus ebola, na Guiné-Concacri, em novembro, segundo um dos especialistas da instituição.

O ensaio clínico vai começar no início de novembro com cerca de 60 doentes da Guiné, informou Jean-François Delfraissy, que dirige o Instituto de Microbiologia e Doenças Infecciosas do Inserm, em entrevista neste sábado (20). “Vamos testar o efeito de dosagens elevadas dessa molécula sobre o homem, os seus efeitos sobre a carga viral e a mortalidade”, explicou.

Não existe atualmente nenhum tratamento reconhecido oficialmente para lutar contra o ebola, que atinge atualmente, de forma violenta, quatro países da África Ocidental, no pior surto registrado até hoje. Os soros que já foram usados em todo o mundo são experimentais, e não estão, geralmente, disponíveis, em grandes quantidades, como é o caso do ZMapp, usado em dois estadunidenses que contraíram ebola em junho.

Entre eles está o Favipiravir, um antiviral contra a gripe aprovado em março pelo Japão, mas que pode ter também efeitos sobre o ebola, apresentando como principal vantagem o fato de poder ser administrado sob a forma de comprimidos, mais fáceis de usar em zonas com infraestrutura precária de saúde. Um porta-voz da empresa japonesa Toyama Chemical, uma filial da Fujifilm, que desenvolveu o antiviral, assegurou em agosto que as reservas eram suficientes para mais de 20 mil pessoas.

Com Agência Brasil


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