O presidente do Paraguai, Federico Franco, que tomou posse depois do controverso – e relâmpago – processo de impeachmeant contra o presidente Fernando Lugo no dia 22 de junho, tem muito o que explicar ao seu país. Um aumento de sete vezes do seu patrimônio pessoal em quatro anos como vice-presidente (cerca de US$ 1 milhão) e a adulteração de um documento oficial vieram a tona por meio do jornal paraguaio Ultima Hora deixando o presidente em uma situação delicada.
Franco, que entre os seus apoiadores era exaltado como um político de reputação ilibada, acabou tendo que admitir publicamente que alterou ilegalmente um documento para supervalorizar um de seus imóveis na província de San Lorenzo acrescentando mais de 1,3 bilhão de Guaranis (cerca de US$ 294 mil) ao preço real. “Foi um erro meu, estou dando a cara”, disse em entrevista coletiva negando ter enriquecido ilicitamente.
A já delicada situação do presidente, que enfrenta forte oposição das camadas mais populares da sociedade paraguaia e não tem seu governo legitimado por blocos como o Mercosul, a Unasul e países como o Brasil, a Argentina e o Uruguai, pode tornar-se ainda mais instável. Senadores do país já se mobilizam pedindo o julgamento político de Franco nesta terça-feira, dia 16.
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