Os ativos dos fundos de pensão em 13 dos maiores mercados mundiais estavam estimados em US$ 26,5 trilhões no fim de 2010. Segundo a consultora sênior da Towers Watson Brasil, Alessandra Cardoso, que palestrou na manhã desta quinta-feira durante o Seminário Brasileiros, no Teatro Oi Brasília, os fundos nacionais reuniam no ano passado um total de ativos de US$ 342 bilhões, o equivalente a 17% do produto interno bruto (PIB) brasileiro.
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Segundo Alessandra, nas 13 nações incluídas no Estudo Global de Ativos dos Fundos de Pensão 2011, os ativos equivaliam em 2010 a 76% dos PIB’s dessas economias somados. O montante é 12% superior ao de 2009. “O crescimento pode ser explicado pelo bom desempenho dos mercados financeiros de todo o mundo” disse a consultora. Apesar da forte alta, a relação dos ativos versus PIB, ainda segue abaixo dos 78% de 2007, antes da recente crise econômica que abalou os mercados mundiais.
Para a realização do estudo, a Towers Watson colheu dados de fundos de pensões de Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Suíça, Grã-Bretanha, Estados Unidos, África do Sul, Japão, Holanda e Irlanda. Entre os países pesquisados, apenas três respondem, juntos, por 80% do total de ativos: Estados Unidos (58%), Japão (13%) e Grã-Bretanha (9%).
Em 2010, os fundos registraram crescimento de ativos em 11 dos 13 países consultados. A maior taxa de crescimento foi verificada na África do Sul (28%). Conforme Alessandra, no ano passado, os ativos dos fundos caíram apenas na Irlanda, em função da crise da dívida soberana, e na França, parcialmente em função da depreciação do Euro.
Em termos de representatividade dentro do universo dos 13 países pesquisados, o Brasil foi o que registrou maior elevação (14,7%) na última década em todo o mundo, considerando-se as moedas locais. Já tomando o dólar como base do estudo, o país também aparece entre os primeiros colocados em termos de crescimento no total de ativos no período (16,5%). Entre os 13 países, a alta na média foi de 12%.
Considerando a relação de ativos totais dos fundos versus PIB em moeda local, a Austrália foi o país com o maior crescimento entre 2000 e 2010: saltou de 70% para 103%, com um crescimento de 33 pontos percentuais Neste quesito, o Brasil registrou um crescimento mais modesto, apenas 5%, saltando de 12% do PIB em 2000 para 17% em 2010 (alta de cinco pontos percentuais). Mas, de acordo com a consultora, os índices de crescimento do país no período têm impacto na análise desse aspecto. “É preciso levar em conta o crescimento do PIB brasileiro”, afirma Alessandra.
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