A Seleção feminina de futebol perdeu nas nesta sexta-feira, dia 3, para o Japão, e deu um adeus prematuro aos Jogos de 2012. O jogo era válido pelas quartas de final da competição. O Japão é o atual campeão mundial da modalidade.
Esta foi a pior campanha da Seleção femininas na história das Olimpíadas. O país participou de todos as edições do Torneio desde que o futebol feminino foi incluído no calendário Olímpico, em Atlanta, 1996. Nas duas últimas edições dos jogos, em Atenas, 2004, e Pequim, 2008, as meninas ficaram com a prata.
A fraca campanha (duas vitórias e duas derrotas em quatro jogos) é resultado do baixo investimento do país na modalidade. O Brasil não soube aproveitar o bom momento e a grande safra de jogadoras capitaneadas por Marta, eleita cinco vezes a melhor jogadora de futebol do mundo pela FIFA entre 2006 e 2010.
Enquanto o Japão, a França e a Grã-Bretanha, países que continuam na luta, tem ligas femininas competitivas, o Brasil tem como único torneio nacional a Copa Brasil. Iniciativas isoladas, como a formação de um super time pelo Santos, que contou com a presença de Marta, que hoje joga na Suécia, esbarram na falta de interesse do governo e do público pela modalidade.
Os Estados Unidos e o Canadá, que também brigam por medalha, carecem de uma liga profissional forte, mas são donos uma cultura muito mais estabelecida de futebol feminino, além de um campeonato universitário fortíssimo. Acostumados com esportes de maior contato, como o futebol americano e o canadense, o futebol é visto por lá como um esporte feminino, o que leva milhares de meninas a praticá-lo. A renovação é constante.
Marta, talvez a melhor jogadora de futebol feminino da história, tem apenas 26 anos. Pode, com sorte, disputar mais duas Olimpíadas. Mas para que ela e a Seleção feminina sejam competitivas é preciso ainda mudar a mentalidade brasileira em relação ao esporte.
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