Queridos, sei que já se falou demais de veneno neste blog desde sexta-feira, mas restou uma bola levantada que eu preciso cortar. Eu sou gay, defendo o meu querido sindicato, meus posts não deixam dúvidas quanto a isso. Portanto, eu estou habilitado a afirmar com todas as letras: existem gays que não são nada santos. Enquanto os homens héteros, quando baixam o nível, acusam seus adversários de serem gays, certos gays têm mania de ficar acusando atores ou esportistas, normalmente os de sucesso, de também serem gays. Veneno não é exclusividade de hétero, longe disso, muitos gays fazem bom uso dele. Uso o termo “acusam”, pois é com esta conotação que todos eles falam, seja pela frente ou pelas costas. Dos héteros já falei no post passado, dos gays falo agora.
Acho que essa é uma necessidade de muitos gays inseguros, que precisam se afirmar, e, então descrevem a sociedade como sendo mais hipócrita do que já é, para brilharem por ter acesso aos segredos da vida íntima de todos os bonitões que aparecem na mídia. Eles afirmam categoricamente que todo mundo é gay, ponto final, e sempre têm as fontes mais seguras para confirmar isso, você que é um idiota desavisado se não sabia. Quanto mais gatão e bem-sucedido for a vítima, menos homem ele é, e mais seguras ainda são as fontes dessas informadíssimas comadres. O ator lindão que está bombando na novela das oito? Pois ele rebolava vestido de plumas no carnaval passado, elas mesmas viram e podem te assegurar de pés juntos, mas agora a televisão abafa e a mídia é que não fala nada. Esportista que não é casado e não se joga na farra catando todas? Pois elas sempre têm “um amigo que realmente sabe e jura por Deus que até já ‘fez’ o cara”! Elas falam tudo, e te lançam um olhar de malícia, quando não viram a cara te desdenhando. Mas não é esperteza não, é veneno mesmo.
Bibas do meu Brasil! De gay o mundo está cheio, mas eu adoraria que metade dos homens que vocês dizem ser gays realmente fosse, pois o sindicato virava Hollywood. Existem de fato alguns enrustidos, mas não é todo mundo, e vocês não são poderosas que sabem tudo, só são ridículas, e depõem contra todos nós gays, pois também não somos todos venenosos. E Clodovil, vosso mentor, já se foi tarde!
Pronto, assinado o convênio entre o Sindicato e o Instituto Butantã, vamos a um ponto sobre o qual eu estou louco para falar. Quem é a capa deste mês da Revista Vanity Fair americana, a bíblia dos midiáticos? Jackie Kennedy! Falei do casamento dela no post Vidal é Vital, e também a chamei de charmosa em Um Ted Kennedy para nós. Pronto, vocês agora devem estar se perguntando: “ O que essa bicha tem com Jackie K. , que só fala dela?” A resposta é: não sei – acho que ela mesma está me perseguindo. Mas, me digam vocês, fui eu quem a botou este mês na capa da Vanity Fair? Vocês acham o Lourenço tão poderoso assim? Queria eu.
Não houve, nos anos 1960, mulher mais poderosa, não apenas na sociedade americana, mas em toda a mídia. Era ela que estava lá em Dallas, vestida de rosa ao lado do Presidente, quando estouraram a cabeça dele com dois tiros. Foi ela quem tentou fugir desesperada pelo capô de traz e foi contida por um agente do serviço secreto. Está tudo filmado. Ela é mais que história, é um mito!
Sim, eu adoro essas mulheres lindas e poderosas. Vanity Fair traz a história do escritor que ela mesma contratou para escrever um livro que contasse, de uma vez por todas, a história daqueles últimos dias, do assassinato de seu marido até o enterro. Ela contou tudo a ele, todos os detalhes terríveis daqueles momentos no banco de traz da limusine, Kennedy já morto em seus braços. Só que Jackie se arrependeu depois, e tentou impedir a publicação do livro. O porque e o resto, vocês leem na revista. Está tudo lá!
E vocês? Também acham que todos os bonitões da televisão são gays? Concordam que existem algumas bibas venenosas mundo afora, ou acham que venenoso sou eu? E não acham Jackie Kennedy o máximo?
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