O novo escândalo envolvendo o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-PR) é sua suposta intervenção em uma medida provisória que beneficiou a tributação sobre o lucro das multinacionais no exterior.
Segundo a Polícia Federal e sua Operação Pelotes, Jucá atendeu a um pedido pessoal, feito por e-mail, do presidente do Conselho de Administração do grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johhanpeter.
A MP 627 de 2013 era relatada por Jucá, que também cuidou da revisão do texto, que terminou aprovado pelo Congresso e ratificado pela Presidência da República, informa o jornal Folha de S.Paulo.
A troca de e-mail, de 27 de fevereiro de 2014, também compromete dois deputados, Alfredo Kiefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE). Eles assinaram três emendas defendidas por Gerdau a Jucá.
Em um dos e-mails Gerdau recebeu o conteúdo da MP e respondeu insatisfeito com o texto por só contemplar uma de suas exigências.
Para a Polícia Federal, a apuração “indica possíveis práticas consubstanciadas na negociação ilegal de emendas”.
Outro lado
Em nova oficial, a Gerdal disse que participou “de discussões sobre a bitributação de lucros provenientes do exterior” de forma legítima e que “em conformidade com a lei […] e foram lideradas por entidades de classe e em conjunto com outras empresas de atuação internacional”
O deputado Afredo Kiefer disse ter feito “dezenas de emendas em matérias da área econômica, ma nunca a pedido de ninguém”. Jorge Côrte Real negou qualquer apresentação de propostas pedidas seja por Jucá seja por Gerdau. Jucá não respondeu a reportagem.
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