Acabei de receber, e reproduzo abaixo, carta enviada pela primeira-dama do Estado, Deuzeni Goldman, presidente do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo (FUSSESP), em que ela explica as obras que estão sendo feitas no local e dá detalhes dos planos de revitalização deste espaço público, tema de post publicado esta semana no Balaio, que já provocou a manifestação de 139 leitores.
Com as informações agora fornecidas oficialmente, creio que o blog cumpre sua função de abrir espaço para debater temas de interesse público e esclarecer eventuais dúvidas sobre o que está acontecendo no parque.
Abaixo, publico a íntegra da carta de Deuzeni Goldman:
“Desde que assumi a presidência do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo (Fussesp), no dia 07 de abril, tomei como meta manter em funcionamento todos os programas sociais já existentes e revitalizar o Parque da Água Branca, espaço que considero privilegiado na cidade de São Paulo.
Eu mesma já freqüentei muito esse local, com meus filhos, na época em que morava no bairro e acho que o ambiente rural, aconchegante e encantado do parque deve ser mantido. O projeto de Revitalização do Parque da Água Branca inclui a recuperação de espaços físicos que se encontram degradados, a implantação de uma programação cultural gratuita para a população, a renovação do paisagismo, a iluminação do parque e a construção de novas galerias pluviais e ralos.
Vejo que muitos freqüentadores do parque estão questionando as obras realizadas e por isso gostaria de explicá-las.
A Praça de Alimentação que está pronta, aguardando apenas o processo licitatório, abrigará quiosques de sorvete artesanal, milho e derivados, sanduiches naturais e uma lanchonete. Isso quer dizer que o local não será uma praça de alimentação como as existentes em shoppings centers. Os carrinhos de pipoca e de sorvete que circulam pelo parque continuarão a circular normalmente para atender a população.
A iluminação do Parque, que vai possibilitar que ele funcione até as 22 horas, vai atender uma população carente de espaços verdes e seguros para a prática de exercícios após o horário de trabalho.
A retirada de árvores do parque não está sendo realizada de maneira aleatória. Houve um estudo do Instituto Florestal, Depav e Condephaat que constatou que muitas árvores já tinham cumprido seu ciclo de vida e ofereciam riscos aos freqüentadores do parque, já que poderiam cair a qualquer momento. Além disso, uma limpeza está sendo feita em todo o parque, a fim de se retirar o mato que cresceu sem controle e as pragas que surgiram no arvoredo. Com isso as árvores vão crescer saudáveis e terão as raízes fortes e seguras.
As galinhas, galos e pavões que andam pelo parque não serão removidos daqui, eles realmente criam uma atmosfera única no local. Contudo, eles estavam se reproduzindo sem nenhum controle e, com isso, muitos pintinhos acabavam morrendo atropelados dentro do próprio parque e muitas aves, que fogem pelos portões, acabam sendo mortas nas ruas fora do parque.
Além disso, nossa idéia é revitalizar espaços bem conhecidos do parque, sem modificar suas estruturas e características, e criar novos ambientes para o público. Queremos revitalizar o Pergolado, recuperar e ampliar o Aquário (que terá espaço para peixes marinhos, peixes de rio e peixes ornamentais), criar a Praça do Orquidário (no local da antiga mini fazenda, que está inutilizada já que os animais foram proibidos no parque, pelo Ibama), criar a Praça do Café e uma Biblioteca.
Gostaria de ressaltar que algumas revitalizações já foram feitas. O Tattersal agora é o “Espaço Cultural Tattersal”. O local, que estava em desuso, agora recebe apresentações culturais, como dança e teatro, palestras educativas e serve como cinema para os freqüentadores. Inclusive durante o mês de férias as crianças e adultos puderam contar com exibições de filmes, de quarta a domingo.
Os quiosques próximos ao aquário, que abrigavam pássaros e macacos, também estavam ociosos e foram revitalizados. O local agora é a “Praça da Leitura”; são oito quiosques, coloridos internamente, com um acervo de livros de literatura, poesia, livros infantis, revistas e jornais. Monitores ficam no local de terça a domingo (dias de funcionamento) para auxiliar a população.
O Parque da Água Branca é um local democrático e pedagógico, além de ser uma jóia verde no meio do concreto da nossa cidade. Sei o quão importante ele é para muita gente e a minha intenção é melhorá-lo e torná-lo ainda mais agradável. Convido a todos para conhecer os novos locais e aproveitarem as programações culturais”.
Deuzeni Goldman
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