Os supermercados do Rio de Janeiro devem começar a sentir nesta quarta-feira (25) os efeitos da greve dos caminhoneiros. Segundo o presidente da Associação de Supermercados do Estado (Asserj), Aylton Fornari, o primeiro efeito será o desabastecimento de frutas, legumes, verduras e ovos, os chamados hortifrutigranjeiros.
“Tudo isso vem da área de São Paulo e do Sul para cá. A partir de hoje e amanhã, já começam a haver pequenos problemas nessa área”, disse Fornari, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ele, se a greve se prolongar por mais alguns dias, os supermercados poderão também começar a sentir o desabastecimento de carnes. “Esses produtos vêm do Rio Grande do Sul, Santa Catarina. Ainda não está faltando porque as empresas têm depósitos e condições de repor. Ainda tem estoques por aí”, disse o presidente da Asserj.
A Companhia Estadual de Abastecimento (Ceasa) informou que, até terça-feira (24), não havia registrado desabastecimento no estado. Na tarde desta quarta, será feito novo balanço para saber se começam a faltar itens alimentícios no Rio de Janeiro.
Caminhoneiros de todo país bloqueiam desde o final da semana passada trechos de estradas brasileiras, em protesto contra o aumento do combustível. Até ontem à noite, havia bloqueios em nove estados brasileiros, entre eles os três estados do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
São Paulo
Algumas frutas poderão encarecer ou faltar nas gôndolas dos supermercados, nas barracas das feiras livres ou em outros tipos de comércio na cidade de São Paulo e municípios abastecidos pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), o maior do gênero no país. Na Ceagesp, houve pelo menos redução de 10% na entrada de frutas produzidas no Sul do país entre as quais estão a melancia, maçã, pera e ameixa.
As cargas paradas estão apodrecendo, como lotes de banana, mamão, morango e atemoia. Esses produtos ficaram retidos nas rodovias de Governador Valadares (MG), nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).
Os atacadistas acreditam na possibilidade de desabastecimento a partir desta semana. As manifestações dos caminhoneiros não afetam os legumes, as verduras e as hortaliças porque a maioria (80%) do que é comercializado na Ceagesp é produzida no Cinturão Verde – municípios produtores de hortifrutigranjeiros que ficam em torno da cidade de São Paulo, que inclui as cidades de Mogi das Cruzes, Suzano e Jundiaí. Nestes locais as vias não estão bloqueadas.
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