“Sem consentimento da família ou autorização judicial já me manifestei contrário (à internação involuntária de usuários de crack), porque acho que estaríamos ferindo direitos fundamentais. Há uma legislação sobre o assunto e entendo que ela tem de ser observada.”
Foi esta a declaração dada nesta sexta-feira, dia 11, pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), após a apresentação do novo secretário de Direitos Humanos, Rogério Sotilli. O petista explicita, portanto, sua divergência em relação às decisões do governador Geraldo Alkmin (PSDB), que anunciou que vai implantar a internação involuntária no Estado de SP.
Alckmin assinou nesta sexta termos de cooperação com autoridades do Judiciário paulista para apressar a internação de dependentes de crack. No mesmo dia, Haddad e seu secretário condenaram o uso de força contra usuários de drogas nas ruas do centro de São Paulo.
“Sou contra o uso da força. E a orientação compulsória é uso da força”, disse Sotilli. O prefeito, no entanto, mantém aberto o caminho para diálogo e cooperação com o governo do Estado, apesar das discordâncias. “Vamos participar de todas a ações para as quais formos requisitados. Se o governador desejar uma parceria com a Prefeitura nesse sentido, nós estamos abertos a discutir”, disse Haddad.
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