Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo exerciam uma liderança discreta no Los Hermanos. Do sucesso de Anna Júlia, em 1999, para a pausa por tempo indeterminado, em abril de 2007, eles comandaram em harmonia o grupo, que tinha (ou tem, na verdade!) também Bruno Medina (teclados) e Rodrigo Barba (bateria). A “divisão de poderes” dentro da banda preservou exatamente o que os reuniu: a forte amizade.
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Camelo e Amarante foram demarcando as lideranças ao longo dos dez anos de trabalho do grupo. No último álbum antes da pausa, o 4, de agosto de 2005, a prova mais explícita. Das doze músicas, sete foram compostas por Camelo e cinco por Amarante.
Lá também estão as diferenças de caminhos, estilos, rumos que tomariam.
Camelo, mais bossa nova e MPB. Mais “Morena”, a sexta faixa de 4.
Amarante, mais rock e pop. Mais “O vento”, a sétima de 4.
Em setembro, Camelo lançou o bonito “Sou”. As composições refletem o caminho mais intimista que Camelo já esboçava no quarto álbum dos Hermanos. Músicas com sutilezas nos arranjos, sofisticações nas harmonias. Mas também tem um toque de…Los Hermanos! O primeiro trabalho solo pode ser ouvido na página de Camelo no My Space: www.myspace.com/marcelocamelo.
Também no My Space, é possível conferir por onde anda Amarante. Ele se mandou para Los Angeles (EUA), juntou-se ao brasileiro Fabrizio Moretti, baterista do The Strokes, a Binki Shapiro, namorada de Moretti, e formou o Little Joy. O resultado é surpreendente e muito bom (www.myspace.com/littlejoymusic). As três músicas disponíveis têm um som novo, meio velho. Meio Beach Boys, Bob Marley, Simon & Garfunkel, Strokes e… Los Hermanos! O álbum será lançado no dia 4 de novembro.
Separados, os hermanos Camelo e Amarante ainda têm muito em comum.
A “pausa por tempo indeterminado”, frase usada no texto que explica a momentânea separação do Los Hermanos, certamente será só uma pausa, e não o fim.
Depois desses vôos individuais tão distintos, é gostoso imaginar como será um 5 da banda carioca.
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