Meus caros, isso não deveria ser o foco das notícias que rapidamente rodaram o mundo, mas foi. O sucessor de Steve Jobs no comando da Apple, Tim Cook, é gay, assumidíssimo, e feliz assim. Discreto, não faz disso uma bandeira, é definitivamente o homossexual mais poderoso dos Estados Unidos, e já fora reconhecido dessa maneira pela conceituada revista Out, que adora fazer suas disputadas listas anuais dos mais poderosos de nosso sindicato. O fato a ser notado, é que aquele cara teve competência para, no mercado mais disputado e feroz de todo o mundo, influenciado não apenas por acionistas ávidos por dividendos, e consumidores fiéis, mas desesperados por novidades, ele conseguiu o posto de CEO que, em termos de poder, só deve perder para o do próprio Bill Gates, com quem começou a mais fantástica aventura da era eletrônica.
Lógico que, em um cenário desses, com quem ele vai para a cama é detalhe dos menores, e assim o mercado recebeu a notícia. Elegantemente, eu diria que foi um sideline, um detalhe na vida dele. Só que nós, gays e lésbicas em geral, jamais deixaríamos passar um golaço desses. Para nós, o cara já virou ícone, será mencionado a torto e à direito, contaremos sua história desde os primeiros passinhos, e aposto que mais de uma editora já está preparando o lançamento da biografia – autorizada ou não – do Homem. Nós somos assim mesmo, carentes de mitos que nos deem uma melhor imagem perante a sociedade em geral, mormente na arena empresarial. E vocês já imaginaram qual não será o salário do Homem?
Vários jornalistas vão lamber as botas Dele, buscando as graças de seus poderosos assessores de imprensa, não importa se, dias atrás, fossem arautos do que há de pior no Tea Party norte-americano. Pela respeitável lista da Out, vemos que a maioria dos outros homossexuais se destaca no segmento de entretenimento em geral, com direito e belas figuras no próprio Congresso, e até mesmo religiosos. Bárbaro, todos de parabéns, é assim que se quebram paradigmas, e temos décadas deles à nossa frente! Vai ser divertido acompanhar o surgimento de outros heróis, ou a saída do armário de algum. Isso é Nova Era, sempre apostei nela. Abraços do Cavalcanti.
Deixe um comentário