ALEMANHA 4 X 1 INGLATERRASabe aquelas coisas que acontecem só no futebol e, por isso, fazem do esporte o mais impressionante e apaixonante do planeta? Então, aconteceu no primeiro grande clássico da Copa do Mundo de 2010, entre Alemanha e Inglaterra no estádio Free State, em Bloemfontein.Em campo, quatro títulos mundiais, um inglês e três alemães. Inclusive, a única conquista dos súditos da rainha aconteceu em uma final justamente contra a Alemanha, em jogo, até hoje, recheado de polêmica. Isso porque, quando a partida estava empatada em 2 a 2, já na prorrogação, Hurst acertou um chute de fora da área, a bola bateu no travessão, pingou no chão, fora do gol e saiu. O suíço Gottfied Dienst validou o gol no que ainda é considerado um dos lances mais controversos da história das Copas. Pelo menos até hoje.Voltando para 2010, no Free State. A partida começou corrida, com larga vantagem para a jovem seleção alemã. Após algumas chances desperdiçadas, a estrela de Klose, que parece só brilhar de quatro em quatro anos, apareceu novamente. Neuer, o goleiro alemão, deu chutão para frente, a zaga inglesa dormiu, Klose ganhou de Upson e tocou no canto esquerdo de James para abrir o placar. O 12º gol do atacante, que empatou com o Rei Pelé na artilharia da história das Copas [nggallery id=14253] Aos 30, Klose de novo teve a oportunidade clara de ampliar, mas bateu em cima do goleiro James. Mas dois minutos depois, após linda trama do ataque alemão, o 2º gol veio. Podolski recebeu na área, pela esquerda, sem ângulo, mas conseguiu bater por baixo do goleiro.Mas como diz o filósofo Jardel, clássico é clássico e vice-versa. A Inglaterra foi para cima em busca do empate. Aos 37, o primeiro gol com Upson de cabeça, aproveitando cruzamento de Gerrard e a saída errada de Neuer.No minuto seguinte saiu o 2º gol. Pelo menos, foi o que o mundo inteiro viu, com exceção do senhor Jorge Larrionda, o juiz da partida. Lembra do lance que relatamos no início do texto? Quase 44 anos depois, a injustiça foi corrigida, ou melhor, repetida. Azar de Capello e seus comandados, que nem vivos eram para ver a presepada de 1966.Lampard bateu com classe, encobrindo o goleiro alemão, a bola bateu no travessão, quicou claramente dentro do gol e saiu. O autor da pintura nem se deu ao trabalho de olhar para juiz ou bandeira antes de sair para comemorar. Capello, sempre contido, também comemorou mais efusivamente. Mas Larrionda não validou o tento e frustrou os súditos da rainha e os amantes do futebol. Enquanto isso, os Bávaros devem ter entornado o caneco de cerveja mais gostoso da história, aquele que estava 44 anos sendo produzido para que seu sabor fosse perfeito.Fim de primeiro tempo e o semblante dos ingleses deixava claro que não havia muita força para voltar à partida. No intervalo, as câmeras comprovaram que a bola entrou 33 cm para dentro do gol.Mesmo assim, o English Team voltou forte em busca do resultado. Lampard, sabendo que essa Copa poderia ser a última de sua geração, uma das mais talentosas e decepcionantes da história, levou os companheiros ao ataque. Logo aos 7 minutos, o meio-campista bateu falta de muito longe e a bola explodiu no travessão. Mas, em dois minutos, o sonho inglês acabou. Primeiro aos 22, quando Müller recebeu na entrada da área e soltou a bomba para vencer James. E aos 24 minutos, após Klose dar lindo lançamento para Özil, que arrancou e cruzou para Müller definitivamente matar os ingleses. Terceiro gol do jovem meio-campista, que se junta a outros cinco jogadores na artilharia do mundial.Depois, entre um ou outro lance de perigo para a equipe de Capello, os alemães desfilaram seu futebol, assistidos pelos desanimados ingleses presentes no Free State. Entre eles, Mick Jagger, que por ironia explodiu com os Rolling Stones, em 1966, e foi um dos símbolos daquela Copa. O maior sucesso dos Stones reflete o sentimento dos ingleses, inclusive Jagger, ao final da partida: I can’t get no satisfaction (Eu não consigo me satisfazer). Bye, bye, English Team.- Imagens de Alemanha 4 x 1 Inglaterra, no iGARGENTINA 3 X 1 MÉXICODessa vez, a seleção do México não pode ouvir a velha piada de que jogou como nunca e perdeu como sempre. Pois grande parte da conta da eliminação da Copa do Mundo de 2010 pode ser creditada ao árbitro Roberto Rossetti e, principalmente, ao assistente Stefano Ayroldi.Nos 25 minutos iniciais, só havia um time em campo. Com marcação dupla cada vez que um argentino pegava na bola, o México neutralizava qualquer tentativa de ataque do adversário. Mais do que isso, os mexicanos chegavam com rapidez no ataque e tiveram duas grandes oportunidades.Aos 8, Salcido arriscou de muito longe, da esquerda da intermediária, e a Jabulani explodiu no travessão de Romero. Um minuto depois, em jogada envolvente pela direita, Guardado cortou para o meio e chutou de pé esquerdo. A bola raspou a trave direita Argentina, depois de pegar efeito impressionante.Senhor em campo, o México desmontou aos 25 minutos, quando o assistente Stefano Ayroldi não viu impedimento claro de Tevez em dois lances. Messi roubou a bola no ataque e enfiou para o ex-corintiano, em posição adiantada. O lance seguiu, Tevez chutou e o goleiro Pérez espalmou. Na volta, Messi tocou novamente para Tevez, que, em claro impedimento, cabeceou para o gol.Os mexicanos partiram para cima do bandeirinha, pois o telão do estádio Soccer City mostrava o claro impedimento de Tevez. O assistente conversou com o árbitro por alguns minutos e Rossetti confirmou o gol irregular.Transtornado, o México “deu” o segundo gol para os argentinos, aos 32 minutos. Osório entregou a bola de graça para Higuaín, que driblou Pérez e fez o quarto dele na Copa de 2010 e isolou-se na artilharia.O México procurou reagir, mas criou pouco nos minutos finais do primeiro tempo. Na etapa final, saiu o terceiro gol argentino, logo aos 7 minutos. Tevez acertou um chutaço de fora da área e fez um dos gols mais lindos da Copa. A bola entrou no ângulo esquerdo de Pérez, que saltou, mas não achou nada.Mesmo com o ilegítimo e injusto placar de 3 a 0, a seleção de Javier Aguirre foi brava. Aos 26, Hernandez fez o gol de honra, em linda jogada do ataque mexicano. O atacante recebeu dentro da área, girou em cima de Demichelis e soltou a bomba no ângulo direito de Romero.Os 20 minutos finais foram de pressão total do México, que criou algumas chances, mas não conseguiu o segundo gol. A Argentina tocou a bola, mas teve um Messi apagado em campo e que puxou poucos contra-ataques.Agora, a exemplo do duelo contra o México, uma reedição das oitavas de final de 2006, a Argentina repete as quartas de final contra a Alemanha, adversária na mesma fase na última Copa. Naquela ocasião, os europeus venceram nos pênaltis.A julgar pelos 25 minutos em que foi realmente testada no mundial, a equipe de Maradona terá de jogar muito mais bola do que apresentou até agora para superar a sensação alemã. A frágil defesa Argentina, toda vez que foi agredida, mostrou falhas claras. E agora encara a jovem equipe de Özil e Muller. Será sábado, às 11h, na Cidade do Cabo.- Imagens de Argentina 3 x 1 México, no iG
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19º dia – Oitavas
Brasil – Quartas
Quartas – Uruguai (4) 1 x 1 (2) Gana
Quartas – Alemanha 4 x 0 Argentina
Quartas – Espanha 1 x 0 Paraguai
Semifinal – Holanda 3 x 2 Uruguai
Semifinal – Espanha 1 x 0 Alemanha
Final – Espanha 1 x 0 Holanda
MAIS:
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
– Site oficial da Copa do Mundo de 2010
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