IBGE: mesmo com conquistas, desigualdade racial é alta

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Novos dados do Censo Demográfico 2010 divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, dia 17,  mostram que a desigualdade racial diminuiu pouco no Brasil no que se refere à educação e renda. Os brancos, assim como no censo de 2000, seguem recebendo salários mais altos e estudando mais que os negros (pretos e pardos).

Essa realidade é mais acentuada na região Sudeste do país, onde os rendimentos recebidos pelos brancos correspondem ao dobro dos pagos aos pretos. A menor diferença é observada na região Sul, onde a população branca ganha 70% mais que aquela que se autodeclarou preta.

A pesquisa mostra também que os brancos dominam o ensino superior no país e que ainda há diferenças relevantes na taxa de analfabetismo entre as categorias de cor e raça. Enquanto para o total da população a taxa de analfabetismo é de 9,6%, entre os brancos esse índice cai para 5,9%. Já entre pardos e pretos a taxa sobe para 13% e 14,4%, respectivamente.

Outro dado revelado mostra que cerca de 70% da população brasileira tem relacionamentos amorosos com pessoas do mesmo grupo de cor ou raça. Entre os brancos, grupo mais “fechado”, 69,3% se unem a pessoas da mesma cor. Eles são seguidos pelos pardos, com 68,5%, indígenas (65%) e pretos (45,1%).

Quanto à escolha de parceiros relacionada ao grau de escolaridade, a pesquisa revela que a maioria dos homens (82,9%) e das mulheres (85,3%) sem instrução ou com fundamental incompleto se relacionam com pessoas com a mesma situação educacional.

Em números gerais, 68,2% das pessoas uniram-se a outras de mesmo nível de instrução (em 2000, esse percentual era de 63%), sendo que 47% dos homens com diploma universitário escolhem parceiras com o mesmo grau de escolaridade. No caso das mulheres, o índice sobe para 51,2%.


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