“A lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Então, quando uma lei humana, quer dizer, uma lei promulgada pelos legisladores humanos, é contrária à lei de Deus, essa lei humana não tem nenhum valor”. Essas foram as palavras de dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife, para justificar a excomunhão da mãe da menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto e grávida de gêmeos, e da equipe médica que realizou o aborto na criança. A melhor resposta Sobrinho ouviu do ministro da Saúde José Gomes Temporão: “Está na lei. Em caso de risco de vida da gestante ou gravidez resultado de estupro, o aborto pode ser permitido. O resto é opinião da igreja”, disse, ao jornal O Estado de S. Paulo.A Igreja Católica parou no tempo, tem ideias atrasadas e retrógradas. Pior que isso, tem princípios perigosos, anacrônicos. O papa João Paulo II, tido como conciliador e de ideias até progressistas, condenava o uso de camisinha em tempos de epidemia desenfreada de aids na África, um continente quase todo contaminado pela doença. Praticamente um ato de genocídio da Igreja. Sucessivamente, as opiniões de membros da instituição ferem o princípio básico do ser humano, que é a vida. O arcebispo dom Sobrinho é mais do mesmo dentro da Igreja Católica, que vai continuar se perguntando por que perde fiéis todos os dias. Por que será?
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