A cada ano, mais e mais festivais de cinema são criados no Brasil. Hoje, o número gira em torno de 250, como se a cada um dia e meio estivesse acontecendo um evento do gênero em algum lugar do País. Muitos deles são pequenos e não chegam ao nosso conhecimento. Mas há os grandes, como Brasília, Gramado, Paulínia, Recife e Ceará, além do Fest Rio e da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que já entraram para o calendário cultural. Existem ainda os festivais de médio porte que lutam por um lugar ao sol. O Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, coordenado por Lucio Vilar, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), poderia entrar nessa categoria.
O Aruanda, que nasceu dentro da UFPB e hoje tem vida própria, acontece neste ano entre os dias 9 e 14 de dezembro em João Pessoa. Para atrair a mídia e consolidar sua posição nesse disputado meio de festivais, o evento aposta em uma programação diferenciada e nas belezas naturais da capital paraibana. “Temos confirmadas as presenças dos diretores e irmãos Vladimir e Walter Carvalho, ambos paraibanos e com dois filmes novos: Raul – O Início, o Fim e o Meio, de Walter, e Rock Brasília – Era de Ouro, de Vladimir. Além disso, vamos prestar uma justa homenagem ao cantor e compositor Geraldo Vandré, também paraibano. Conversei com ele em São Paulo e consegui convencê-lo a vir para o festival. Vamos exibir A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos, que Vandré fez a trilha sonora. Estamos apostando nesses três conterrâneos para chamar a atenção do público”, diz Vilar.
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Outra atração será a participação de Duca Rachid e Thelma Guedes, autoras da novela Cordel Encantando (Globo). Com isso, Vilar fecha a tríade cinema, música e literatura que o Fest Aruanda vem realizando nos últimos anos. “Salientamos, nesta edição do festival, um perfil que vem pautando a realização do evento há cerca de três edições, ou seja, uma construção que atinja seu ápice, em termos de formatação, ao privilegiar as relações do cinema, seja documentário ou ficção, com a música e a literatura. São nexos e interlocuções históricas, presentes desde os primórdios da sétima arte, mas sempre acompanhados de novas questões a serem discutidas.”
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