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Fogos e sinalizadores usados em lugares fechados, somados a revestimentos acústicos de materiais inflamáveis e a multidões de jovens reunidos. O caso de Santa Maria não é a primeiro no qual essa combinação acaba em tragédia. Apenas nos anos 2000, três outros episódios foram responsáveis pela morte de centenas de pessoas, em diferentes cantos do mundo.
Em 2003, em Rhode Island (EUA), foram 100 mortos e 200 feridos; em 2004, em Buenos Aires (Argentina), outro incêndio deixou 194 mortos; e em Perm (Rússia), em 2009, foram 156 mortos. Todos os casos ocorreram em casas noturnas.
O caso argentino e as punições
A tragédia que mais repercutiu no Brasil foi a de Buenos Aires, ocorrida na balada República Cromañón durante o show de uma banda de rock. Os desdobramentos vieram até o início deste ano, com a prisão dos condenados pelo incêndio. Com penas que variam entre três e dez anos, foram presos o gerente da boate, membros da banda, a cenógrafa e o empresário do grupo, além do diretor de fiscalização e controle da cidade e outras autoridades. Em 2006, o então prefeito de Buenos Aires foi destituído.
A tragédia causou o que foi chamado de “Efeito Cromañon”, com uma série de medidas tomadas logo após o incidente. Entre elas, ocorreu a interdição de casas noturnas no país inteiro, foram estabelecidas novas regras quanto ao limite de público nos espaços e à sinalização interna das discotecas. Das 160 boates existentes em Buenos Aires na época, apenas 61 tinham os requisitos necessários para permanecerem abertas.
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