Depois da abertura do governador Eduardo Campos, o segundo painel teve como tema “a melhoria do ambiente de negócios como condição para a aceleração do crescimento e as questões do saneamento e do gerenciamento de resíduos”.
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O presidente da Vale, Murilo Ferreira, abriu o painel, que teve mais três palestras. Para falar sobre infraestrutura, Ferreira escolheu contar sobre sua experiência na Vale e a mudança que a empresa passou a partir de 2006. “Naquele momento, a Vale era vista como uma empresa competente, mas excessivamente nacional. Foi com a compra da mineradora canadense Inco que ela começou a se diversificar”, explicou. Segundo o presidente da Vale, esse foi um momento determinante, pois possibilitou que a empresa brasileira diversificasse suas ações. “Ela deixou de ser uma empresa de minério de ferros e passou a ter níquel.” Foi por intermédio de planejamento futuro que a Vale passou a ser uma empresa com voz no cenário internacional. “Fusões e aquisições são ferramentas importantíssimas no processo de crescimento de uma empresa”, finalizou Ferreira.
Wagner Pinheiro, presidente dos Correios, que esteve presente no seminário Fundos de Pensão, realizado em maio, foi o segundo palestrante. Pinheiro, explicou as mudanças por quais os Correios estão passando: “São, basicamente, três mudanças fundamentais: a possibilidade de incorporação de empresas, o lançamento de um sistema de telefonia virtual e possibilitar que os Correios trabalhe no exterior”. Além disso, a principal meta estabelecida pela presidenta Dilma é o aumento da participação dos Correios no PIB brasileiro. “Esses pontos fazem parte de um processo de reconstrução e crescimento de nossa imagem”, contou. Ele também adiantou que a construção do trem expresso Rio-São Paulo é fundamental e, por isso, os Correios já buscam algum tipo de parceria.
O advogado Arnoldo Wald foi o terceiro palestrante. Em sua fala, ele destacou o importante papel do Direito no crescimento nacional. Para ele, durante muitos anos o direito foi visto como obstáculo para o desenvolvimento, mas agora essa situação é completamente inversa. “Hoje, ele é o juiz das condutas do mercado e do estado”, explicou Wald. Nessa linha de pensamento, ele acredita que o Direito passou a integrar a infraestrutura. “É preciso fazer com que nossa lei seja um instrumento eficiente da nossa sociedade”, finalizou.
Wilson Quintella Filho, presidente da Estre Ambiental, fechou o segundo painel tocando em um ponto muito importante quando se fala em infraestrutura: o lixo. Segundo ele, a solução mais rápida para se resolver a questão do lixo é a construção de aterros sanitários. No entanto, isso traz outros problemas, como os ligados à saúde pública. “O grande problema é que temos 2% de reciclagem no Brasil”, disse Quintella. Para ele, esse número tem de crescer nos próximos anos.
Um ponto comum de todas as palestras, puxadas pela fala inicial de Eduardo Campos, apontam para uma gestão participativa. Para os palestrantes, as questões financeiras, legislativas e administrativas devem formar um grupo apenas.
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