Inglaterra e França fazem clássico da rodada na Eurocopa

Inglaterra e França compartilham uma rivalidade que data a formação dos dois países. Rivais em inúmeras guerras, os dois países divididos pelo Canal da Mancha se enfrentam hoje apenas nos campos, e um confronto eletrizante acontece nesta segunda-feira, dia 11, nos gramados do estádio Donbass Arena, em Donetks, na Ucrânia.

O clássico, válido pela primeira rodada do Grupo D, acontece às 13h do horário de Brasília. Apesar de muita camisa e dois títulos mundiais em campo (um para cada lado), o Inglaterra e França desta segunda acontece em clima de desconfiança mútuo.

FRACASSOS RECENTES

As seleções de Inglaterra e França vem de fracassos nas últimas principais competições internacionais. Os bleus foram eliminados na primeira fase na última Copa do Mundo, na África do Sul, em 2010, e na última Eurocopa, na Áustria e na Suíça, em 2008.

O time, que viveu grande momento no final da década de 1990 e no começo dos anos 2000, conquistando uma Euro (seu segundo título) em 2000 e a Copa do Mundo em casa em 1998, parece não ter se recuperado do fim da era capitaneada pelo meio-campista Zinedine Zidane, um dos maiores jogadores de todos os tempos.

Mas há boa esperança do lado da Mancha. O time desta Eurocopa, comandado por Laurant Blanc, campeão do mundo com Zidane em 1998, mescla bons jovens como Samir Nasri e Karim Benzema, ambos com 24 anos, com vetaranos como Frank Ribery, de 29 anos, e o goleiro Hugo Lloris, de 33, e está invicto há 21 jogos.

TÉCNICO POUCO EXPRESSIVO E ESPERANÇA

Já do lado do Canal Inglês a Eurucopa 2012 pode ser a última tentativa de uma geração muito comemorada, mas que rendeu poucos frutos dentro de campo. Ashley Cole e John Terry, ambos com 31 anos, e Steven Gerrard, de 32, junto de Frank Lampard, de 33, jogador que não participará desta Euro por contusão, foram a grande esperança da seleção inglesa em retomar o caminho de glórias perdido em 1966, quando o país conquistou a Copa do Mundo, seu primeiro (e único) título de expressão.

Mas há mais problemas do que soluções. O técnico é o inexpressivo Roy Hodgson, que apesar de ter passado por grandes clubes em sua carreira ficou mais conhecido pelas campanhas “meio-de-tabela” com Fulham e por ter boas passagens na Escandinávia.

A própria contratação de Hodgson é envolta em polêmica. O técnico assumiu em maio, substituindo o italiano Fabio Capello, que deixou o cargo depois de a Federação Inglesa ter tirado de Terry a braçadeira de capitão pelos insultos raciais que cometeu contra o jogador  Anton Ferdinand.

O caso deu o que falar, e acabou barrando da equipe o zagueiro Rio Ferdinando, irmão de Anton, mesmo com desfalques no setor por lesão. Apesar da polêmica, Hodgson vem sendo retratado como salvador da pátria na Inglaterra. Parece enredo de filme, e é.

A comédia Mike Bassett: England Manager, de 2001, conta história com a de hoje, com um técnico de time pequeno que assumindo a seleção às vésperas de um Mundial. Na ficção os ingleses acabaram em quarto lugar.

 

 


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