Foto Reprodução TV Cultura
O programa Roda Viva, da TV Cultura, veiculado na última segunda-feira, dia 26, causou revolta entre os telespectadores e internautas. O entrevistado, o maestro João Carlos Martins, conhecido por sua história de sucesso e superação, foi alvo de perguntas tendenciosas e desastradas feitas por entrevistadores e do mediador, o jornalista Mario Sergio Conti.
Na clara busca por desqualificar o trabalho social do maestro junto a crianças carentes e de reeditar o vínculo político do maestro com o deputado federal Paulo Maluf, que lhe rendeu um processo por arrecadação ilegal de fundos, acusação da qual foi inocentado por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal, o mediador e os entrevistados se perdem na sua desinformação.
Ao ser perguntado pelo mediador como se sentia sobre a aliança com Paulo Maluf e sobre sua condenação, João Carlos Martins prontamente desmentiu a afirmação. “É um cadáver enterrado no peito que vai me acompanhar ate o fim da minha vida. Fui inocentado pelo Supremo Tribunal Federal por nove votos a zero quando foi feita a prestação de contas, mas não foi o suficiente para mim. Faz 22 anos e todos os dias eu acordo pensando o que posso fazer para mostrar que sou do bem. Por isso que eu digo que a música me salvou”, afirmou.
A cada pergunta, respondida com clareza pelo maestro, fica mais evidente o valor do trabalho de João Carlos para modificar a realidade de quatro mil crianças e adolescentes da comunidade de Paraisópolis de São Paulo, por meio da educação e da música, com o apoio da Fundação Carlos Chagas. E mais claro também que a orquestra criada pela iniciativa dele, que conta com o apoio do SESI São Paulo, presta seu serviço ao levar música erudita gratuitamente a milhares de espectadores.
Desnecessário relembrar a história do pianista prestigiado mundialmente, que acometido por tragédias pessoais que o fizeram perder os movimentos de uma das mãos – como um acidente de automóvel e uma agressão após um assalto – supera as limitações e refaz sua vida como um apaixonado e bem-sucedido maestro. História essa que foi desrespeitada pelos participantes do programa.
Veja alguns comentários feitos na página da TV Cultura no Facebook
“O Maestro João Carlos é demais, boas respostas dele para o programa, o admiro sempre!!!”, Juliana Sousa
“ABSURDA ESSA ENTREVISTA COM O MAESTRO! DÁ A IMPRESSÃO DE QUE ARMARAM UMA ARAPUCA. Houve momentos de uma agressividade absurda, conduzida pelo próprio coordenador, que deveria ser ponderado. Um professora espumando ao fazer suas críticas. Querem o que? Miséria? Que tal mais ponderação? Que tal mais sensatez na montagem desses programas?”, Jose Carlos Salvagni
“O Maestro JCM Martins está de parabéns, já o apresentador que é um mala e os entrevistadores são nível ZERO!”, Fábio Santos
“Imagino se os Três Tenores fossem entrevistados por essa gente…. Com o projeto de marketing que foi montado em torno deles para popularizar a música erudita. Imagino as bobagens…!”, Jose Carlos Salvagni
“Sinceramente tem panelistas como a Sra. Yara Caznok, o Sr. Kunze, que dão MUITA VERGONHA, são medíocres, muito maliosos com suas perguntas, só para numerar 2. O maestro João Carlos Martins é um GRANDE MAESTRO!!! Ele esta dando una AULA… mas tem alguns surdos por ai…”, Roberto Fernández
“O maestro foi convidado para ser entrevistado (por ter projetos que tentam melhorar o destino de muitos) ou para ser massacrado por essa bancada elitista que quer aparecer mais do que ele?”, Anna Luiza
“A TV Cultura deveria se retratar por colocar o Maestro em tamanha saia justa. Por sorte ele é uma pessoa genial, que não precisa descer tão baixo pra responder a essas acusações ridículas de uns e outros de nariz empinado. Ele é um desbravador, que está tirando a musica clássica dos salões da “aristocracia” patética!”, Cláudia Lais
“Deveriam chamar pessoas qualificadas a altura do maestro Joião Carlos Martins para entrevista-lo, estou indignada com tamanha falta de respeito pelo maestro, e tamanha falta de conhecimento e mesquinhez das perguntas do Entrevistadores. Está sendo levantado questões tão sem cabimento que não da pra acreditar, chegaram a perguntar o que a música modifica? que música não tira ninguém da criminalidade, e que não existe esse beneficio todo em que se fala…REVOLTATE!!!!!!!!!! No Brasil é assim, só se valoriza o que vem de fora…mas ainda bem que existem pessoas como o maestro João Carlos Martins, que teve uma idéia e uma grande atitude, que apesar do que muita gente pensa e fala ele não precisa se promover, ele já é grande, e isso incomoda essa minoria… Chega Brasil…ACORDA!, Bartyra Barbedo
“a chamada intelectualidade brasileira fala que o povo só escute besteira, só cria besteira etc mas quando um maestro se dedica a mostrar música de excelência para educar este mesmo povo ‘ignorante’ a intelectualidade tupiniquim fala que ele está sendo demagogo, querendo aparecer etc e tal… esta ‘elite’ tupiniquim é uma bosta!”, Ricardo Dias Garcia
“Espetáculo circense? Mario Sérgio Conti foi de uma infelicidade e insensibilidade sem tamanho. O organizador desse programa de hoje, agiu com uma total falta de respeito com o maestro e espectadores”, Anderson De Oliveira Vieira
“Q falta de sensibilidade desses entrevistadores?Eu odiei o q aquela infeliz fez!Q maestria nas respostas do Maestro João Carlos, Parabéns!!!Amei sua apresentação em Registro”, Jacie Jasou
“Fora de série! Palmas para o maestro!”, Reginaldo Gonçalves Faia
“É isso ai pessoal, compartilhei do mesmo sentimento da maioria ao assistir o programa. Dona Yara Caznok, LAMENTÁVEL, veio ”armada” para entrevistar uma pessoa que tem a música como arma de vida. E sim a música salvacionista. A cada ataque ela direcionou ao maestro, o mesmo devolvia com fatos, que ele presenciou no dia a dia, tentando levar a arte da música para a vida das pessoas. O que adianta ser um intelectual renomado se a senhora não conhece a realidade da RUA ? Em tom extremamente pejorativo criticou o caminho da montagem de orquestras com crianças pois resultava em algo totalmente desafinado. E o maestro para variar, citou inúmeras cidades que ele havia visitado recentemente no qual haviam diversos projetos que se difereciavam do modelo de orquestra clássica. Enfim, vá conhecer o mundo professora. A RUA!”, Murilo Marroco
Deixe um comentário