Meus caros, me impressiona a força gay em um dos países onde  eu achava que ela seria menos provável – Israel. Mais uma vez me chamou a atenção o fato de que, nas festas que comemoraram a parada gay no Rio, e os 5 anos da noite Babylon, da The Week, as melhores atrações vieram de lá. Além do DJ Offer Nissim, já conhecido nosso de várias e belas baladas, dessa vez vieram a dupla Epiphony,  e também um DJ que eu não conhecia, Tommer, que arrasou.

Eu tinha de Israel a ideia de um estado conservador e complexo, como é a religião judaica, e também imaginava que a vida, gay ou não, era limitada pelo eterno conflito com os países vizinhos. Nunca fui à Israel, adoraria ir, não tive chance, mas o que descobri, depois de ler muito, e de conversar com israelenses, é que se trata de um país extremamente moderno. Na realidade, Israel não é uma nação religiosa, o estado é laico, não se mistura com religião , assim como o Brasil. Cerca de 20% da população é árabe, e a população de judeus foi formada por imigrantes de todo o mundo, principalmente europeus, desde 1948.  Complexo, sim, mas bárbaro.

Jonathan Gatro, o Gato!
Jonathan Gatro, o Gato!

Os DJs e músicos mostram uma balada quentíssima, vida noturna diversificada e animada, que os guias gays do país confirmam. Dentro do poderoso exército israelense, e não entro no mérito das ações deste, a política é de respeito pela competência dos militares, acima de suas opções sexuais, e estamos falando de um dos exércitos mais profissionais do mundo.  O filme israelense Yossi & Jagger, que mostra a relação amorosa entre dois militares, tornou-se um cult gay. Dois livros escritos pelo ex-militar Danny Kaplan,  Brothers in Other Arms, que eu já li, e The Men we Loved, trazem relatos de casos gays no exército, verdadeiros, deliciosos. Eu adoro um cantor israelense chamado Jonathan Gatro, gatíssimo, que canta em hebraico, com uma voz rouca e filmou clipes quentíssimos, aqui vai o link dele. Nunca vi nenhum cantor brasileiro, gay e assumido, fazer coisa igual.

Enfim, queridos, Israel tornou-se, para mim, sinônimo de vida gay forte, respeitada e animada. Adorei.


Comments

19 respostas para “Israel”

  1. Lourenço, td bem por ai, se der me add ao seu email queria conversar mais com vc, abraços, Well.

    1. Wellington querido, mane-me mensagens para o lourencojosecavalcanti@hotmail.com.

      Abraço

  2. Oi Lourenço em primeiro lugar gostaria de dar
    Parabéns por tua sábia decisão, hoje os
    Comentários estão serenos e suaves.
    Confesso que também fiquei surpresa e feliz
    Por saber que os gay são aceito em Israel.
    Amei o clipe o Jonatan é um gato mas tenho
    Certeza que outros comentaristas vão
    Apreciá-lo melhor, alias Lourenço você também
    É um gato!!!
    E viva o amor em toda sua forma!!!!
    E viva as diferenças!!!!!
    E viva a paz!!!!
    Beijos a todos

  3. Vai a indicação de um filme ( bears ) ” Cachorro ” se não me engano é um filme espanhol, porém a história é muito bonita…

    Abraxx

  4. E tem ainda os filmes The Bubble e Antarctica. Bem legais. Abraço.

  5. Oi Lourenço!

    Também gostei! A gente não ideia do se passa em tantas partes do mundo.

    Confesso que depois que a Madonna finalizou a última segunda parte da SS Tour, comecei a olhar aquele país de outra forma. A primeira impressão que temos reamente é sobre os inúmeros conflitos já sabidos.

    Que bom saber que lá está num patamar mais avançado… vou para lá, eba!!!! 😉

    Iasmim, Ba e cia ltda, que bom um post tranquilo, sereno, leve, sem as baixarias já praticadas…

    Kisses,

    Gus

  6. Avatar de Fernanda Estima
    Fernanda Estima

    O relato de um dos organizadores da parada gay em Israel não concorda com suas afirmações. A repressão, segundo informou em coletiva à imprensa no ano passado, é fortíssima. E outros analistas também discordam sobre Israel ser laico. É justamente por conta da mistura entre política e religião que a região vive o vive há séculos. Claro, com os modernos israelenses matando civis palestinos.

    1. Fernando – o confronto dos judeus tradicionalistas contra a a parada em Jerusalém já é histórico, mas aos poucos eles vão conseguindo espaço. Não digo que é perfeito, mas a vida “in dors”, bem como em muitos segmentos da sociedade, é tão boa quanto a nossa. Os livros que citei narram um babado forte dentro do exército, sem hipocrisias como o “don’t ask – don’t tell”, ou a política ridícula do exército brasileiro. Se o estado fosse religioso, a vida gay seria ilegal e combatida, pois a religião judaica trata o tema como a cristã e a evangélica – o que não acontece. Dividindo os confrontos entre semitismo, sionismo e diversidade sexual, acho que os gays têm um bom espaço. Concordo que o conflito com os palestinos é brutal, há décadas, mas nós, brasileiros, vivemos numa sociedade em que a violência urbana mata mais do que as guerras do oriente médio – nenhum país é perfeito, mas deve-se sempre olhar a pizza inteira. Como gay, continuo bem impressionado.
      Obrigado pela contribuição,
      Lourenço

  7. Oi Lourenço,

    Bonito o clipe, gostei. 🙂

    O cantor está mais gato no clipe do que na foto (não que na foto ele não esteja bonito, vejam bem! 😀 )

    Obrigada por compartilhar com a gente. Embora eu tenha a impressão de que outros comentaristas vão gostar bem mais do que eu! :D:D:D

    Beijocas para todos 🙂

  8. Meu caro, o mundo é grande… E por mais que as viagens de avião e a internet façam crer no contrário, a gente não tem ideia do que se passa por aí. Assista a Ha-Sodot (Segredos íntimos) com a lindona Fanny Ardant. Beijas.

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