De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a travesti Verônica Bolina, de 25 anos, que ficou desfigurada após ser espancada e torturada na carceragem do 2º Distrito Policial, disse em depoimento ao Ministério Público na tarde da última sexta-feira (17) que aceitou gravar declarações negando ser vítima de agressões dos policiais em troca de redução de pena.
Diferentemente da primeira versão relatada à Polícia Civil, este depoimento foi dado a promotores do Ministério Público que investigam a atividade policial, o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep).
A promotoria confirmou ao jornal neste sábado (18) que Verônica declarou, em depoimento na delegacia, ter sido orientada a dizer que foi espancada por outros detentos com a garantia de ficar menos tempo presa. O Ministério Público disse ainda não saber quem prometeu o “auxílio”.
Em uma entrevista gravada por Heloisa Alves, coordenadora de Políticas Para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, Verônica afirma que estava “possuída” e que não foi torturada pelos policiais. Na última quinta-feira (16), a Corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
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