Após o Palácio do Planalto pedir a demissão do ex-presidente do PT, José Genoino, do cargo de assessor especial ao Ministério da Defesa, ele anunciou sua saída na manhã desta quarta-feira, dia 10. A decisão foi tomada um dia após a condenação dele, na terça-feira, dia 9, por corrupção ativa no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF)
A saída de Genoino foi anunciada por ele mesmo com a leitura de uma carta na sede do PT em São Paulo. Afirmando ter sido injustiçado pelo STF, que, segundo ele, o condenou sem provas, o ex-presidente do PT disse que não ter motivos para se sentir envergonhado. “A Corte errou. A Corte foi, sobretudo, injusta. Condenou um inocente, condenou-me sem provas. Reservo o direito discutir democraticamente esta decisão.” “Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes”, completou.
Para Genoino, a sua condenação, assim como a de seus companheiros de partido, José Dirceu e Delúbio Soares, é resultado de “uma campanha de ódio contra o PT” e que os juízes do STF “estariam sendo pautados pela mídia e comentários políticos”. “Nessas condições, como ter um julgamento justo e isento?”, perguntou.
“O julgamento da população sempre nos favorecerá, pois ela sabe reconhecer quem trabalha por seus justos interesses. Ela também sabe reconhecer a hipocrisia dos moralistas de ocasião”, disse, afirmando que a tentativa de abalar o partido fracassará.
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