Nessa sexta-feira, Bruno Paes Manso, colunista do Estadão, discorre sobre o no mínimo curioso caso de José Guilherme Silva, de 20 anos, o Houdini brasileiro.
No dia 14 de setembro do ano passado, há exatamente cinco meses, o jovem foi preso, acusado de participar de um assalto. Revistado dos pés a cabeça, literalmente, ele foi algemado com as mãos para trás e colocado dentro da viatura para ser encaminhado diretamente para a delegacia, porém, no caminho acabou se suicidando. Isso mesmo, segundo relato dos policiais, no trajeto o suspeito teria sacado um revólver calibre 38 e atirado contra sua própria cabeça, isso tudo enquanto ainda tinha os braços algemados para trás.
Apesar de todos os indícios, a família do garoto aina não conseguiu fazer com que o caso fosse investigado mais profundamente e os policiais envolvidos continuam trabalhando normalmente.
Em seu texto no Estadão, Bruno Paes Manso ainda fez questão de adicionar o laudo da perícia, tentando justificar o suicídio. ”isso envolve um estudo personalíssimo da habilidade do agente que encontra-se algemado. E é sabido nos meios policiais tanto sobre a habilidade de movimento de alguns detidos, bem como sua condição pessoal de burlar a revista”. Apesar da tentativa de explicação, segundo reportagem do G1 da época, a perícia não encontrou resquícios de pólvora na mão de José Guilherme Silva.
Coerente, Bruno Paes Manso ainda lamenta o fato de ainda termos ocorrências desse tipo, décadas após o final da Ditadura Militar, quando suicídios simulados eram praticas corriqueiras para se acobertar execuções.
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