Foto Reprodução
A estudante paquistanesa Malala Yousafzai, 14 anos, já consegue ficar em pé e se comunicar, dizem médicos do hospital de Birmingham, no Reino Unido, para onde ela foi transferida na segunda-feira, dia 15. A menina, que foi alvo de um ataque taleban no último dia 9 em frente à sua escola em Mingora, estava em estado grave após ser baleada na cabeça e no ombro.
De acordo com a equipe médica, a menina não consegue falar devido ao tubo que está instalado na sua traqueia, mas consegue se comunicar escrevendo notas. E foi por meio de uma delas que Malala pediu que o hospital avisasse a imprensa mundial sobre seu estado de saúde. As informações eram mantidas em sigilo para preservar a vida da jovem, que ainda corre risco de ser assassinada por ser considerada inimiga do Taleban.
Ainda não há previsão de alta, mas os médicos afirmam que seu estado de saúde é “confortável e estável”. “Sabemos que houve algum dano em seu cérebro, mas ela mantém os controles motores e parece estar em boa capacidade intelectual”, informou o Doutor Dave Rosser.
O ataque contra a menina causou revolta pelo mundo e inúmeras homenagens e vigílias foram feitas em sua homenagem. O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, também manifestou-se publicamente em repúdio ao ataque.
Desde os 11 anos de idade, Malaia ficou conhecida mundialmente por denunciar a proibição do Taleban de que mulheres frequentassem escolas, contando sobre fechamento e incêndios em escolas de meninas, além da morte de opositores no vale de Swat. Por sua iniciativa, a menina recebeu diversos prêmios como o Prêmio Nacional da Paz, a mais alta honraria concedida pelo governo do Paquistão.
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