Julgamento de Bradley Manning

O soldado americano Bradley Manning foi absolvido nesta terça-feira (30) do crime de “ajuda ao inimigo” por divulgar documentos secretos, acusação pela qual o governo dos Estados Unidos tinha pedido prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena.

Manning, que foi acusado de outros 21 crimes, foi declarado culpado de violar a lei de espionagem ao vazar dados sobre o abuso por parte do exército norte-americano nos ataques ao Iraque e Afeganistão, assim como por divulgar mensagens diplomáticas, publicadas pelo WikiLeaks, que os publicou na íntegra: os chamados “War Logs“, relativos à documentação militar das guerras do Iraque e Afeganistão, e o “Cablegate“, com 250 mil telegramas diplomáticos.

O ex-soldado foi considerado culpado de todas as acusações que enfrentava, com exceção do vazamento de um vídeo de um ataque no Afeganistão. Todas as demais acusações somam uma pena máxima de 154 anos na prisão, embora a juíza militar Denise Lind deverá decidir na fase de sentença.

Manning passou mais de três anos na prisão desde sua detenção em maio de 2010 no Iraque. Devido aos maus-tratos durante sua reclusão, sob intensa vigilância e isolamento, a juíza Lind decidiu que a pena que receber seja reduzida. A sentença será anunciada nos próximos dias.

Leia também Wikileaks diz que o veredicto contra Bradley Manning revela “perigoso extremismo” da administração Obama e Jornalismo também está sendo julgado no desfecho do caso Manning.


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