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Ex-secretário geral da ONU, o diplomata ganês Kofi Annan anunciou nesta quinta-feira, dia 2, sua renúncia do posto de mediador internacional para o conflito na Síria. A informação foi revelada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Annan continuará no cargo até o dia 31 de agosto.
No comunicado, Ban Ki-moon revela que já está mantendo diálogo com o secretário-geral da Liga Árabe para encontrar um substituto ao posto. Segundo o sul-coreano, o sucessor de Kofi Annan terá a missão de realizar um “esforço crucial para chegar à paz”. O secretário-geral também lamentou a situação que se estende há meses no país, afirmando que “mais sangue não é a resposta para a questão Síria”.
“Ambos os lados, governo e forças da oposição, continuam demonstrando sua determinação em renovar os ciclos de violência. Além disso, as persistentes divisões no Conselho de Segurança se tornaram um obstáculo à diplomacia, fazendo com que o trabalho de qualquer mediador fosse muito difícil”, disse Ban ki-moon, em declaração veiculada pelo portal Terra.
Kofi Annan havia assumido o posto em fevereiro deste ano. Apesar de seu esforço e de ter realizado diversas reuniões com Bashar al-Assad, presidente da síria, o diplomata não conseguiu fazer com que os sangrentos conflitos no país fossem cessados.
Em abril, o plano de paz apresentado por Annan foi adotado pelos rebeldes e pelas forças governistas, mas o cessar-fogo foi interrompido pouco tempo depois e a violência no país avançou em graus ainda mais elevados. O fracasso da tentativa foi reconhecida pela ONU, que apontou que tanto os rebeldes quanto os aliados de al-Assad violaram o plano de paz.
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